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Homem é suspeito de matar primo por espancamento por ciúmes da namorada

Ederson Madureiro morreu quatro dias após ser agredido durante festa de família em Leopoldo de Bulhões. Para a polícia, suspeito disse que a vítima caiu sozinha no chão.

O pintor automotivo Ederson Costa Madureiro, de 40 anos, morreu nesta quarta-feira (5) após ser espancado durante uma festa de família, em Leopoldo de Bulhões, na região central do estado. Segundo os irmãos da vítima, um primo é o autor da agressão, que foi motivada por suposto ciúmes da namorada.

“Eu estou horrorizada, traumatizada, sentida porque era meu irmão querido, nunca aconteceu isso na nossa família. E meu primo está solto. Disseram que meu irmão não fez nada, só cumprimentou a namorada dele quando ela chegou”, disse a funcionária pública Vanilda da Costa Madureiro, irmã da vítima.

A agressão aconteceu na tarde do último sábado (1º), durante a festa de aniversário da mãe do suspeito, Marcos Roberto Alves Carneiro, na casa deles. O homem alegou aos parentes que o primo caiu sozinho.

Agressões

Apesar da alegação de Marcos, outras pessoas que estavam na festa contaram à irmã da vítima que Ederson dormiu no sofá assistindo a um DVD e acordou com as agressões do primo.

“O Marcos chegou e jogou água gelada nele. Ele estava com um pau na mão, começou a dar paulada, chute, pontapé. Meu irmão sofreu polifraturas na cabeça, quebrou uma costela no peito, quebrou a tíbia”, relatou Vanilda.

Mesmo machucado, segundo a irmã, Ederson só foi levado ao hospital no dia seguinte. “Meu irmão ficou no sofá das 16h de sábado ao meio dia de domingo (2). Minha tia deixou ele lá para não prenderem o filho dela. O médico achou um absurdo porque ele ainda chegou maquiado e com as unhas pintadas no hospital”, reclama a funcionária pública.

Os irmãos de Ederson só souberam da agressão na manhã de domingo, após uma irmã de Marcos contatá-los. Como eles moram em Goiânia, se deslocaram até a cidade do interior para entender a situação.

Ao ver que o irmão estava no hospital, Vanilda foi até a casa da tia e se encontrou com Marcos. Ela ficou indignada com a frieza dele. “A gente foi na casa da minha tia, e o Marcos estava na casa dele sentando, tomando cerveja, escutando música,como se nada tivesse acontecido, com o sofá sujo de sangue”, relatou.

Ederson foi transferido ainda no domingo da unidade de saúde de Leopoldo de Bulhões para o Hospital de Urgências de Aparecia de Goiânia (Huapa), na Região Metropolitana da capital. Ele morreu por volta das 5h desta quarta-feira.

Investigação

O caso foi registrado na delegacia de Leopoldo de Bulhões, no domingo, onde o suspeito foi conduzido pela Polícia Militar. No boletim de ocorrência consta que Marcos negou ter agredido o primo e disse que Ederson caiu sozinho.

A Polícia Civil informou que, apesar de o pintor ter morrido em Aparecida de Goiânia, o homicídio será investigado na delegacia de Leopoldo de Bulhões, onde aconteceu a agressão.

Ederson deixa uma filha de 7 anos e um filho, de 7.

O G1 tenta contato com o suspeito.

G1/GO

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