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Detran suspende médico preso suspeito de abusar de pacientes

Órgão disse que abriu um processo administrativo para apurar conduta do profissional. Em conversa com mãe de uma vítima, médico negou abuso; veja vídeo.

Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) anunciou, nesta segunda-feira (24), que suspendeu preventivamente o médico Goiá Fonseca Rattes, de 69 anos, preso suspeito de abusar de pacientes durante a retirada e renovação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Em uma conversa com a mãe de uma das vítimas, o médico negou ter tocado no corpo da jovem.

Em nota enviada pela gerência de comunicação do órgão, o Detran-GO disse que “repudia quaisquer condutas que estejam em desacordo com a legalidade e moralidade, especialmente, as que atentam contra o bem-estar e a dignidade humana”.

Além disso, informou que um processo administrativo foi aberto pela Gerência de Auditoria do Detran-Go para apurar a conduta profissional do médico, que, dependendo do resultado, pode resultar no descredenciamento.

“Para embasar o processo, foi feito contato com a Polícia Civil e solicitado os dados que constam no inquérito instaurado”, informou a nota.

O médico foi preso na última quinta-feira (20), em Valparaíso de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, duas mulheres, de 20 e 43 anos, denunciaram o caso à corporação, alegando que o profissional apalpou os seios delas e as mandava abaixar.

Segundo as vítimas, o profissional dizia que as carícias eram normais e faziam parte do procedimento.

Em nota ao G1, o a assessoria de comunicação do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informou que “tomou conhecimento da denúncia contra o médico Goiá Fonseca Rattes pela imprensa e vai instaurar uma sindicância para apurar o caso”. 

Denúncia

As duas pacientes que procuraram a Polícia Civil para denunciar o médico haviam se consultado no dia 12 de abril. Responsável por investigar o caso, a delegada Isis Leal explicou que, segundo as vítimas, o médico realizava procedimentos desnecessários para tirar ou renovar CNH.

“Ele pedia que as vítimas agachassem, mesmo de vestido. Tocava partes dos corpos não necessárias, pedia que as vítimas levantassem as blusas e ficava observando, apalpando os seios delas. Isso tudo com a desculpa de verificar se tinha alguma doença ou problema”, disse à TV Anhanguera.

Ao ser preso, o médico também negou os abusos para a polícia. “Ele negou que tivesse tocado as vítimas de qualquer forma e que tenha feito carinhos, como elas confirmaram que aconteceu, e disse que a atitude dele foi normal para o procedimento médico, que seria um clínico que atendia há muito anos e que nunca havia uma reclamação do mesmo sentido”, relatou a delegada.

O médico deve responder por violação sexual mediante fraude. Ele está preso preventivamente.

Nega em vídeo

O médico negou que apalpou os seios das mulheres. A declaração foi feita pela a mãe de uma das vítimas, de 20 anos. 

Médico: Perguntei para ela, em termos técnicos, se ela tem ovário policístico.
Mãe: O senhor perguntou isso depois que apalpou os seis dela?
Médico: Não, foi antes.
Mãe: Então o senhor confirma que apalpou os seios dela?
Médico: Não apalpei os seios dela.

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