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Mulher procura brasileiro que sumiu ao fazer travessia para os EUA

Suspeita é que ele esteja entre o grupo que desapareceu em 6 de novembro.
Lucirlei saiu de Palmas dia 21 de outubro e tinha sonho de trabalhar no pais.

Uma moradora de Araguaína, norte do Tocantins, está a procura de um brasileiro que desapareceu ao tentar atravessar os Estados Unidos. Lucirlei Carita dos Reis, 35 anos, entrou em contato pela última vez no dia 5 de novembro. Depois disso, não deu mais notícias. A suspeita da família é que ele esteja entre o grupo de brasileiros que desapareceu ao tentar entrar ilegalmente no país, no dia 6 do mesmo mês.

O entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores e aguarda uma resposta.

Neia Carvalho tem uma filha com Lucirlei Carita e sempre mantinha contato com ele, desde que saiu de Palmas no dia 21 de outubro com destino aos Estados Unidos. Segundo ela, o ex-marido pegou um avião no aeroporto da capital e foi até São Paulo. De lá, seguiu para Bahamas e chegou no dia 26 onde permaneceu numa casa com a atual esposa e outros brasileiros aguardando a travessia.

Lucirlei não manda notícias desde o dia 5 de novembro (Foto: Arquivo Pessoal)
Lucirlei não manda notícias desde o dia 5 de
novembro (Foto: Arquivo Pessoal)

As Bahamas passaram a ser consideradas um local de partida por brasileiros para a imigração ilegal em virtude da dispensa de visto para entrar no país e das dificuldades de chegar aos EUA pelo México.

“Eu estava achando estranho porque eles marcaram a viagem por várias vezes e adiaram porque cada dia chegava mais pessoas”, contou Neia nesta segunda-feira (26).

Das Bahamas, Lucirlei sempre mandava fotos perto de navios e da casa, onde ele estava. No dia 5, ele entrou em contato com Neia e disse que tinha chegado o dia de viajar. “Ele disse que ficaria até três dias sem dar notícias porque era o tempo de fazer a travessia”.

Três dias se passaram e Lucirlei não entrou mais em contato. Desde então, a família procura por ele. No dia 25 de novembro, Neia e o pai de Lucirlei foram até a sede da Polícia Federal em Araguaína registrar boletim de ocorrência.

O delegado Allan Reis confirmou e disse que o caso foi registrado na difusão amarela, lista de pessoas desaparecidas enviada para 27 países.

“Também mandamos email para a polícia em Washington para que entrasse em contato com as autoridades nas Bahamas para saber sobre as investigações em relação ao caso. É bom ressaltarmos que pessoas que têm parentes desaparecidos podem registrar na difusão amarela, que está disponível no site da PF”.

Enquanto isso, a família sofre a espera de uma notícia. “Ele já queria ter ido antes aos Estados Unidos para ter uma vida melhor, mas eu nunca deixei, sempre disse que era perigoso”, lamentou Neia.

G1 To

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