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Pinturas rupestres são ameaçadas por queimadas e vandalismo no Tocantins

Algumas das pinturas, que ficam em paredões na serra do Lajeado, têm mais de oito mil anos de idade. Proximidade com Palmas acabou causando prejuízos irreparáveis ao sítio.

Pinturas rupestres com mais de oito mil anos de história estão ameaçadas pelas queimadas e também pelo vandalismo no Tocantins. O sítio arqueológico fica na serra do Lajeado, a cerca de dois quilômetros e meio de Palmas. A proximidade com a cidade acabou facilitando a depredação e causando prejuízos irreparáveis no local.

Os especialistas consideram as figuras um retrato dos nossos antepassados. “Essa figura aqui poder ser uma fusão entre um ser humano e um animal, no caso um pássaro. Podemos ver aqui as asas e os membro que qualificam-no como ser humano”, explica o representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rômulo de Negreiros, ao mostrar uma das figuras.

Apesar de ser proibido tocar neste tipo de arte, justamente por causa do risco de danificar a pintura, em uma delas é possível ver que pedaços da pedra foram levados.

Além da ação humana, incêndios florestais também apagam as pinturas, como explica a pesquisadora do Iphan, Júlia Cristina Bezerra. “O cerrado pega fogo, espontaneamente, sempre foi assim e isso é muito fácil de resolver, muito fácil. É só manter os sítios limpos, só retirar a vegetação, fazer uma limpeza anual e pronto. Painéis e painéis e painéis estão sendo consumidos pelo fogo. É o que eu tenho visto”.

O Brasil tem mais de 3,2 mil sítios arqueológicos, de acordo com o Iphan. A responsabilidade por cuidar do que fica na serra do Lajeado é do Governo do Tocantins., que afirma que há guardas florestais atuando em todo o parque. O local é do tamanho de dez mil campos de futebol e segundo o governo, brigadistas devem ser contratados a partir do mês que vem Durante a gravação da reportagem, a equipe não encontrou ninguém trabalhando.

G1 Tocantins.

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