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“Não há nada que a gente tenha feito de ilegal ou imoral”

Secretário municipal de Saúde explica atuação da esposa na empresa de UTIs investigada na Operação S.O.S. Samu e diz que desconhecia suposto esquema de propina no período em que foi sócio da mesma empresa.

A sua esposa assumiu as cotas que estavam no seu nome. Ela trabalha na Oati? Frequenta a empresa?

Ela não gerencia a empresa. É cotista, apenas. Eu falei que passaria as cotas para ela para ver se ela poderia acompanhar melhor do que eu. Eu não conseguiria acompanhar nada, e a gente tem de saber da saúde financeira da empresa. A princípio, não há nada que a gente tenha feito de ilegal ou imoral. Foi tudo dentro da legalidade.

Nas duas empresas de investimentos da família, a FMVM e a Brigadeiro, os sócios são o senhor e sua esposa. Por que a existência de duas empresas patrimoniais, já que os sócios são os mesmos?

Isso foi uma orientação do contador. Tem que olhar a parte técnica contábil. A gente pensou há algum tempo atrás na questão sucessória. Na ausência minha ou da esposa, essa questão sucessória, de espólio, seria complicada.

O senhor foi sócio da Oati até 2014 e as investigações do MP abordam este período, antes e depois. Na época, o senhor não tinha conhecimento do esquema?

Não. Esse esquema foi desbaratado uma vez e, na verdade, a gente não pode nem prejulgar, porque parece que isso nem foi a júri ainda. Foi em 2008. Falar que nunca ouvi não tem jeito, porque em 2008 teve a ação. Agora, que o pessoal continuou depois de 2008, isso nem passava pela cabeça da gente.

Esse esquema de pagamentos para servidores do Samu não é segredo entre diretores de hospitais. Todos sabem.

Mas eu não sou diretor de hospital.

Mas o senhor, enquanto sócio de uma empresa de UTI, como a Oati, não sabia que isso existia?

Não. Aparecida tem poucos hospitais. Esse hospital, especificamente, é um hospital de grande excelência, tem uma demanda normal, pronto-socorro aberto, é especializado em cardiologia. O que teve na Oati foi o seguinte: o faturista da empresa está na operação. Foi feita uma busca e apreensão, a empresa está sendo investigada, mas a única pessoa que está sob investigação é o faturista. Ele também faz fatura para outros lugares. A gente não sabe, então, se houve algum problema em relação à Oati ou em relação a outra empresa. Pontualmente, é um funcionário registrado, que tem carteira assinada e que, inclusive, recebe um porcentual do faturamento que ele faz.

O senhor acredita que ele pode ter integrado o esquema para aumentar essa comissão?

É difícil falar isso. Eu estaria cometendo, talvez, uma injustiça. Os fatos precisam ser melhor apurados e julgados. Não tem como afirmar. Tudo é possível. Os dados que eu tenho é que o faturista realmente está envolvido na operação (S.O.S. Samu).(fonte:o popular)

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