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Namorado de adolescente amordaçada e morta a facada diz à polícia que ex que confessou crime nunca fez ameaças

Delegado aguarda laudos para concluir inquérito; Inglide Rose de Moura, 26, foi presa em Aloândia e confessou ter matado, por ciúmes, Nayara Xavier, 17, em Goiatuba, no sul de Goiás.

A namorado de Nayara Xavier, de 17 anos, amordaçada e morta a facadas em Goiatuba, na região sul do estado, disse em depoimento à Polícia Civil que a ex-mulher, Inglide Rose Tavares de Moura, que confessou o crime após ser presa, nunca havia ameaçado o casal. Segundo o delegado Patrick Carniel, a corporação aguarda laudos para conclusão do inquérito.

“Ele [namorado] foi ouvido no primeiro dia, ainda na madrugada do crime e também prestou depoimento após a prisão de Inglide. Ele relatou que ele e Nayara tinham um relacionamento tranquilo e que a suspeita nunca havia ameaçado o casal. Agora estamos aguardando o laudo cadavérico e de local de crime para remetermos o caso ao Judiciário”, disse o delegado.

Inglide foi presa na terça-feira (14), em Aloândia, um dia após Nayara ser encontrada morta e amordaçada dentro da casa em que vivia como namorado, em Goiatuba. A principal suspeita do crime confessou o homicídio a polícia e deu detalhes sobre como amordaçou a adolescente.

No vídeo gravado pela Polícia Civil, Inglide Rose Tavares de Moura diz que deu uma facada na adolescente e tapou a boca dela para que ela não gritasse (assista abaixo).

“Ela [Nayara] veio e falou ‘vai embora’ e me empurrou. Aí eu peguei e fiz assim com a faca e a cortou. Ela viu que eu estava com a faca. Aí cortou. Aí ela ia gritar, uma pessoa pegou e bateu palma. Eu não sei quem foi, não sei se era na casa lá”.

“Aí eu peguei e empurrei ela para a cama, ‘coisei’ a mão dela e tampei a boca dela”, diz a suspeita.

Adolescente é encontrada morta, amordaçada e com mãos amarradas dentro de casa em Goiatuba

Adolescente é encontrada morta, amordaçada e com mãos amarradas dentro de casa em Goiatuba.

O corpo de Nayara foi levado, na madrugada de terça-feira (14), par ao Instituto Médico Legal (IML) de Itumbiara, também na região sul de Goiás. O G1 entrou em contato com o órgão, às 8h20 desta quinta-feira (16), por telefone, mas o instituto não informou se o corpo da adolescente permanece ou não no local.

Segundo o delegado, a família de Nayara é do interior da Paraíba e estaria providenciando o traslado.

Crime

Nayara foi achada sem vida na noite de segunda-feira (13) na casa onde morava com o namorado e local onde o crime ocorreu, em Goiatuba. Ela estava amordaçada e com as mãos amarradas. Segundo a corporação, a suspeita é que Inglide, presa na terça-feira (14), em Aloândia, tenha cometido o assassinato por ciúmes.

“Após uma discussão, Inglide, fazendo uso de uma faca, golpeou o pescoço e amarrou as mãos da vítima para trás com uso de fita adesiva, usou a mesma fita para tampar a boca da vítima e ainda colocou um saco plástico na cabeça [da adolescente]”, explicou o delegado Parick Carniel, que investiga o caso.

Segundo ele, a vítima estava morando na casa do namorado e foi encontrada por ele, já sem vida, por volta de 23h no mesmo dia. Após o crime, a Polícia Civil foi acionada e, no decorrer das investigações, chegou até Inglid.

Inglide Rose Tavares de Moura, de 26 anos, foi presa suspeita de matar Nayara Xavier (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Inglide Rose Tavares de Moura, de 26 anos, foi presa suspeita de matar Nayara Xavier (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Inglide Rose Tavares de Moura, de 26 anos, foi presa suspeita de matar Nayara Xavier (Foto: Divulgação/Polícia Civil).

Mudança de versão

“Em seu primeiro interrogatório, que ocorreu na manhã de hoje, [a presa] negou ter ido até a residência ou qualquer participação no crime. Após policiais civis realizaram várias diligências, e apresentarem os resultados à investigada, comprovando que a versão dela não teria sustentação em razão das contradições, Inglide confessou o crime e deu detalhes de como aconteceu”, completou Patrik.

Também conforme o delegado, a mulher teve a prisão temporária – de 30 dias – decretada pela Justiça e está detida. Nesse período, a Polícia Civil deve concluir as investigações, mas o Patrik adiantou que ela deve ser indiciada pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima. Se for condenada, pode ficar presa por até 30 anos.

G1 Tocantins.

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