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Investigação aponta que filho matou os pais e ateou fogo em casa antes de se suicidar

Crime aconteceu em setembro de 2018, quando três corpos foram encontrados em chácara de Paraíso do Tocantins. Filho teria relacionamento ruim com o pai porque não queria trabalhar e constituir família.

A Polícia Civil concluiu a investigação sobre as três mortes em uma chácara na zona rural de Paraíso do Tocantins, na região central do estado, em setembro do ano passado. O inquérito apontou que Márcio Gonçalves de Souza, de 36 anos, matou o pai em um quarto da casa, tirou a vida da mãe com um golpe de facão no pescoço e ateou fogo na casa antes de se suicidar. O resultado foi apresentado na manhã desta quarta-feira (20). As investigações demoraram seis meses para serem concluídas.

O crime aconteceu entre a noite de 21 de setembro e madrugada do dia 22. O corpo da mulher, Ivani Ribeiro dos Santos, foi encontrado no quintal da casa com um corte profundo na garganta. O filho Márcio Gonçalves de Souza, de 36 anos, e o marido Acácio Gonçalves de Souza estavam carbonizados dentro do quarto que pegou fogo.

No início das investigações a polícia trabalhava com as hipóteses de homicídio e latrocínio, que é roubo seguido de morte. Segundo o delegado Eduardo Menezes, da Delegacia de Investigação Criminal, o latrocínio foi descartado porque a família não tinha bens de valor.

As investigações apontaram que pai e filho brigavam constantemente e Márcio Gonçalves possivelmente tinha algum transtorno mental. “Ele nunca trabalhou, não constituiu família e esse era o principal motivo da briga entre pai e filho”, explicou o delegado.

Dias antes do crime, segundo a polícia, Márcio ligou para um irmão dizendo que queria mudar porque a relação estava insustentável. Na véspera do crime, durante a visita de uma irmã, ele teria dito que a família teria uma surpresa.

“Na hora de se despedir, como era de rotina, Márcio estava sentado no sofá, não ajudava nos afazeres de casa, não procurava emprego, com fone ouvindo música, com a televisão ligada e ar depressivo. Ela [a irmã] chamou a atenção dele [..] e ele fala: vocês vão ter uma surpresa e vai ser logo”, afirmou o delegado.

Os indícios apontaram que após matar os pais Márcio ainda tentou fugir com o carro do pai. “Ele tenta deixar a casa, mas por não saber dirigir emperra o carro em um barranco, uma manobra fácil de se fazer, volta a pé e resolve se matar. Antes de se matar dentro do quarto ele provavelmente coloca fogo no colchão. O botijão de gás estava lá e até pegar fogo ele teve tempo de se enforcar. Se matou e depois o fogo tomou conta do cômodo”, explicou o delegado.

A polícia não conseguiu determinar como Acácio Gonçalves de Souza foi morto porque o corpo estava totalmente carbonizado.

O caso

O crime aconteceu entre a noite de sexta-feira e madrugada de sábado, 22 de setembro, mas as vítimas foram encontrados à tarde. De acordo com o delegado plantonista Andreson Alves, um vizinho que passava pela rodovia viu o carro queimado na TO-447, a 2 km do local do crime, e notou que havia fumaça saindo da chácara e chamou a polícia.
Os restos mortais das vítimas foram levados para o IML de Paraíso do Tocantins e depois transferidos para a unidade de Palmas. Porém, material genético dos corpos precisou ser enviado para fora do estado porque o exame de DNA não é feito no Tocantins.

O corpo da mulher foi liberado e enterrado após o crime. A família ainda espera a liberação dos corpos carbonizados.

G1 Tocantins.

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