Visita na unidade foi feita por promotores e defensores, em Palmas
Estado diz que remédios vencidos não seriam usados em pacientes
Promotores e defensores públicos fizeram uma vistoria no Hospital Geral de Palmas nesta quarta-feira (10) e encontraram medicamentos e alimentos vencidos, equipamentos quebrados, além da falta de profissionais, problemas antigos que persistem na unidade. As ilegalidades serão juntadas nas ações judiciais que já estão em curso, segundo o defensor Arthur Luiz Pádua.
“Um desabastecimento preocupante. Em junho nós tivemos lá e não havia ranitidina no hospital. Agora em agosto fomos lá e havia ranitidina com prazo vencido. Fomos pedir o documento, o documento deu entrada no dia 7 de julho no hospital e venceu no dia 30 e agora está sendo jogado fora. É desperdício de dinheiro público”, alegou o defensor.
Segundo ele, ou a gestão pode ter comprado a medicação com data de validade prestes a vencer, o que resulta em fraude, ou a medicação já estava no almoxarifado e não foi distribuída na unidade, o que configuraria falhas na gestão.
A promotora Maria Rosely Pery apontou problemas relacionados a demanda excessiva de pacientes do interior. “Deveria ser atendida na atenção básica ou pela atenção especializada. Existe uma urgente necessidade do Estado juntamente com os municípios ajustarem este fluxo”, pontuou.
A diretora executiva do HGP Regina Duran afirmou que as providências para solucionar os problemas já foram tomadas. “Pelo menos mais seis profissionais estão sendo contratados para a sala de emergência. A questão de reposição de insumos nos próximos 60 dias deve ser normalizada”.
A respeito dos medicamentos vencidos, a Secretária Estadual de Saúde disse que eles estavam isolados em quarentena aguardando o recolhimento da Vigilância Sanitária e que não seriam usados em pacientes. A secretaria também informou que abriu sindicância para verificar os lotes e a origem dos medicamentos e entrou em contato com o fornecedor para uma possível troca.
Sobre a ranitidina, a Sesau disse que foi comprado pela gestão passada e para que não houvesse desperdício, foi distribuído entre as unidades de saúde.(fonte:g1/to)