A votação será no dia 24 de junho e o eleito fica no cargo até o fim do ano. Campanha deve ser retomada nesta segunda-feira (4).
O segundo turno da eleição suplementar para governador do Tocantins será entre Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR). Carlesse ficou em primeiro lugar com 30% dos votos válidos e Vicentinho teve 22%.
O segundo turno será no dia 24 de junho. Os candidatos podem retomar as campanhas a partir desta segunda-feira (4). São permitidos comícios, carreatas, caminhadas, carros de som e distribuição de santinhos.
A eleição suplementar foi convocada após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice dele, Cláudia Lelis (PV). Os dois foram considerados culpados por captação ilegal de recursos para a campanha eleitoral de 2014 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O vencedor da eleição suplementar vai ficar no cargo até 31 de dezembro e pode concorrer à reeleição em outubro.
Reação dos candidatos
O governador interino, Mauro Carlesse, acompanhou a apuração em Gurupi. “Eu fico muito satisfeito de estar no segundo turno e nós vamos trabalhar. Vamos juntar todo mundo e ganhar também este segundo turno, com fé em Deus. E que a população, pela estabilidade do estado, continue esse governo que está dando certo”, disse ele após saber do resultado.
Carlesse acompanhou o resultado de Gurupi (Foto: Débora Ciany/TV Anhanguera)
Já o senador Vicentinho Alves (PR) acompanhou a contagem da casa dele em Porto Nacional. “Primeiro agradecer a Deus e a todos que me confiaram. Os líderes políticos, o povo. Foi um segundo lugar muito bem trabalhado por nós. Uma campanha muito rápida para poder chegar com essa votação expressiva. Registro os meus agradecimentos”, comentou ele.
Vicentinho Alves acompanhou a disputa de Porto Nacional (Foto: Patrício Reis/G1)
Votos anulados
Os votos de Mário Lúcio Avelar (PSOL) não foram computados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A candidatura dele está sendo questionada na Justiça Eleitoral em função de ele ter deixado o cargo de procurador da república após o prazo previsto no regulamento para as eleições.
Disputa apertada
A disputa pelo segundo lugar foi voto a voto entre Vicentinho Alves (PR) e o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB). Amastha assumiu a derrota no Twitter antes do fim da apuração, quando o TRE tinha contabilizado 99% das urnas.
Obrigado minha gente. Não deu.MUITO longe das expectativas. A velha política ainda domina com muita força o cenário político do nosso estado. Menos de 35% de votos conscientes. Parabéns @marlonreis e @MarioLucio_50 .Vamos reunir o grupo e refletir.
Durante a eleição suplementar, 18 pessoas foram presas em todo o estado. As prisões foram nas cidades de Alvorada, Carrasco Bonito, Natividade, Dois Irmãos, Tupirama, Pium, Palmas, Paraíso do Tocantins, Arraias, Cristalândia, Luzinópolis, Aparecida do Rio Negro, Xambioá, Araguaína, Figueirópolis e Miranorte. Vários políticos estão envolvidos nas ocorrências. Entre os suspeitos há quatro vice-prefeitos e dois vereadores.
Os casos são de transporte ilegal de eleitores, compra de votos e propaganda irregular no dia da eleição, conhecida como ‘boca de urna’.
Custo da eleição
O Tribunal Regional Eleitoral estima que a organização da eleição fora de época tenha custado R$ 15 milhões aos contribuintes. Além da logística para a distribuição das urnas eletrônicas também foi necessário criar um esquema especial de segurança, com a vinda de militares de outros estados. Mais de 18 mil voluntários participaram do primeiro turno como mesários.
Título digital
Esta eleição também teve uma novidade. Foi a primeira vez que os Tocantinenses votaram utilizando o aplicativo e-Título. Quem fez o recadastramento biométrico pode acessar a urna utilizando o celular e não precisou apresentar nenhum outro documento. Não houve registro de filas ou transtornos em função da nova tecnologia. Em todo o estado o movimento foi tranquilo nas seções eleitorais.
G1tocantins