Ainda não há confirmação de motivação terrorista, mas as autoridades do país declararam estado de alerta máximo
Ao menos 21 pessoas morreram, segundo um balanço provisório, em várias explosões na manhã desta terça-feira (22/3) em Bruxelas, informou Pierre Meys, porta-voz dos bombeiros. São 11 mortos no Aeroporto Internacional de Zaventem, segundo o balanço. Há também uma dezena de mortos estação de metro Maelbeek em Bruxelas, onde aconteceu uma explosão. Pessoas relataram ter ouvido gritos em árabe antes dos incidentes, mas as autoridades ainda não confirmam motivação terrorista. O país declarou alerta máximo de terrorismo.
Foram duas explosões no principal terminal aeroportuário da Bélgica e uma no metrô. Equipes de resgate atuam nos dois locais, onde há informações de feridos. As autoridades esvaziaram as estações de metrô e suspenderam o deslocamento de trens em Bruxelas. O aeroporto foi fechado para pousos e decolagens e o tráfego aéreo foi interrompido e desviados para outras regiões. As rodovias de acesso ao terminal também foram bloqueadas por policiais.
Segundo informações preliminares, dois dispositivos foram explodidos perto da área do check-in da American Airlines. “Ocorreram duas explosões na sala de embarque e uma equipe de primeiros socorros já está no local”, afirmou Anke Fransen, porta-voz do aeroporto.
Alerta máximo
O ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, declarou o alerta máximo de terrorismo devido às explosões. O fato ocorre quatro dias depois da prisão de Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos de ter comandado os atentados em Paris, no fim do ano passado. A suspeita é de que os atos de hoje tenham ocorrido por retaliação.
Algumas autoridades europeias já declaram que os ataques são de natureza terrorista. A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaité, disse através da conta oficial da presidência no Twitter que aconteceram “atos terríveis de terrorismo em Bruxelas”. “A minha solidariedade com todos os atingidos”, disse a política nesta manhã.
O ministro de relações exteriores da Letônia, Edgars Rinkevics, também usou a rede social Twitter para dizer que tinha o horrível sentimento de “não se, mas quando” haveria ataques contra Bruxelas. “A Letônia está junto com Bruxelas e a Bélgica em solidariedade contra o terrorismo”, disse.
Com informações da France Presse e da Agência Estado