Morte de primatas é um evento sentinela que pode indicar a presença do vírus da febre amarela. Os dois casos ocorreram no Parque Cesamar e o primeiro está sendo investigado.
Outro macaco foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (22) no Parque Cesamar, região central de Palmas. O animal estava próximo do local onde um outro primata foi localizado na semana passada.
O Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) foi acionado para recolher o bicho e dar início às investigações para verificar se há contaminação pelo vírus da febre amarela.
A morte dos macacos é considerada um evento sentinela que pode indicar a circulação do vírus da febre amarela em uma região. Em 2017, mais de 40 casos foram registrados no estado. Também houve a primeira morte de uma pessoa pela doença em 17 anos.
Amostras do bicho encontrado na semana passada foram enviadas para o laboratório central do estado e ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, para verificar se há presença do vírus da doença. Porém, ainda não há um resultado.
Atualmente, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, estão sendo investigadas outras 13 mortes de macacos e um caso de febre amarela em humano. Nesta segunda-feira, a secretaria disse que os dois casos estão sendo comunicados ao Ministério da Saúde.
A Secretaria de saúde do município foi procurada, mas ainda não respondeu sobre o caso mais recente.
Vacinação
Conforme o município, não há motivo para pânico da população e correria aos centros de saúde, pois o estado faz parte da área de recomendação da vacina e por isso a maioria das pessoas está imunizada. “A recomendação é que a população mantenha-se tranquila em relação à febre amarela, pois em Palmas a vacinação é contínua e disponibilizada na rede municipal durante o ano inteiro”, informou a secretaria de saúde.
Cerca de 63,97% da população do estado já recebeu a vacina, segundo o Estado. Além disso, o esquema de vacinação atual é de dose única. Portanto, quem tiver o registro de pelo menos uma dose da vacina está imunizado e não precisa de outra dose.
“As pessoas devem procurar cartões de vacina antigos e verificar a situação vacinal e se já houver registro da vacina, não há necessidade de revacinação”, informou o município.
G1 Tocantins