Enquanto o governo recebe ministros para tentar tirar sua culpa pela insegurança do estado, em Goiás os empresários estão desistindo de abrir suas lojas e empresas por conta da alta violência. É o caso de Telmo Crisóstomo de Paula, dono de uma agência de viagem, que fechou o comércio e colocou uma faixa no local dizendo que a empresa foi “expulsa pela insegurança”.
A faixa tem imagens impressas de tiros, representando que a criminalidade no Residencial Vila Rosa, em Aparecida de Goiânia, está muito alta. O dono da agência de viagens relata que já teve a empresa invadida uma vez durante a madrugada uma vez. Em outra ocasião, um homem chegou na hora do almoço, rendeu duas mulheres e, com uma arma, deu coronhadas nelas.
“Já é a terceira vez que eu fecho um comércio devido aos vários assaltos. Estou muito assustada, isso abala psicologicamente, abala as estruturas. Dessa vez, ele me agrediu, me deu coronhadas, me jogou contra a parede. Eu fiquei muito assustada. Ele apontou o revolver para me matar, mas a arma falhou”, disse a sócia do empresário, que não quis ter a identidade divulgada.
Diante disso, Telmo decidiu retirar todos os móveis e pertences da loja e mudar a empresa para outro endereço. “Eu, enquanto empresário e cidadão de bem, eu fico indignado com a falta de segurança que a gente tem, por isso o destaque [na faixa] para insegurança. Agora, depois do ocorrido, a gente se sente protegido com a presença do delegado que vai investigar. Mas e o antes? O que está sendo feito para o cidadão ter o direito de ir e vir privado”, desabafou Telmo.(fonte:goiás real)