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Solto, Lula posa de “inocente” e ataca “parte podre” da MPF, PF e Moro: “Não é 10% da honestidade que eu represento”

 

O petista passou em meio à multidão e foi abraçado por familiares e por diversos apoiadores.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou nesta sexta-feira, 8, a superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, onde estava detido desde abril do ano passado, após ser libertado pela Justiça Federal. Em seu primeiro discurso, o petista agradeceu a todos os seus apoiadores que permaneceram nos arredores da sede da PF durante os 580 dias que esteve recluso. “80 dias gritaram aqui: bom dia, Lula, boa tarde, Lula, boa noite, Lula. Não importa se estivesse chovendo, que estivesse 40 graus, que estivesse zero grau. Todo santo da, vocês eram o alimento da democracia”, afirmou.

Lula saiu da sede da PF por volta das 17h40 (horário local) acompanhado do ex-senador Lindebergh Farias, do deputado federal Wadih Damous, da deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, além do ex-candidato à presidência Fernando Haddad. 

No palanque, Lula agradeceu representantes do Movimento Sem Terra (MT), do Partido dos Trabalhadores (PT), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de seus advogados de defesa, Haddad e Hoffmann, pela perseverança. Além disso, o ex-presidente fez duras críticas contra o Ministério Público Federal (MPF) e PF. “O lado podre da Justiça, o lado podre do Ministério Público, o lado podre da Polícia Federal e o lado podre da Receita Federal trabalharam para tentar criminalizar a esquerda, criminalizar o PT, criminalizar o Lula”, afirmou. “Se pegar o Dallagnol, o Moro, alguns delegados que fizeram inquérito, enfiar um dentro do outro e bater no liquidificador, o que sobrar não é 10% da honestidade que eu represento neste país”, discursou.

O ex-presidente também atacou o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Lula voltou a defender sua inocência, disse crer que “dignidade não se compra em shoppping center, em feira ou bar”, e que a sua teria sido ferida por seus acusadores. Lula prometeu “lutar para melhorar a vida do povo brasileiro”, que segundo ele “está uma desgraça”, e ser contraponto ao governo Bolsonaro.

Condenado em duas instâncias no caso do triplex do Guarujá (SP), um dos processos da Operação Lava Jato, o petista estava detido na superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde 7 de abril de 2018.

Sua liberdade foi determinada por ordem do juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal, já que a juíza Carolina Lebbos está de férias, depois do resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a permanência na prisão de condenados em segunda instância.

Desta forma, o político terá direito de recorrer em liberdade e só voltará a cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias após o trânsito em julgado. Pereira Júnior citou na decisão o julgamento do STF e afirmou que Lula está preso exclusivamente em virtude de condenação em segundo grau, inexistindo “qualquer outro fundamento fático para o início do cumprimento das penas”.   

“Mister concluir pela ausência de fundamento para o prosseguimento da presente execução penal provisória, impondo-se a interrupção do cumprimento da pena”. “As portas do Brasil estarão abertas para que eu possa percorrer este país”, disse o petista, que criticou a situação do desemprego do país e se referiu a Bolsonaro como “mentiroso” em redes sociais.   

Agora, Lula seguirá para São Paulo, onde participará de um ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, neste sábado, 9.

 (Com informações da Agência Ansa, O Globo e Folha de S.Paulo)

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