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São Salvador do Tocantins: Herpetóloga goiana descobre nova espécie de serpente do cerrado

Adhara” foi encontrada próximo da Hidrelétrica de São Salvador do Tocantins.

A herpetóloga goiana Daniella de França descobriu uma espécie de serpente do bioma Cerrado, ainda não descrita pela ciência.

A herpetologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo dos répteis (serpentes, crocodilos, jacarés, lagartos, quelônios) e anfíbios (sapos, rãs, salamandras e “cobra cegas”).

A descoberta se deu durante o estudo que a bióloga desenvolveu para sua Tese de doutoramento pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp Rio Claro) no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), intitulada “Revisão Taxonômica do Gênero Apostolepis”, que contou com a parceria dos herpetólogos Fausto Erritto Barbo, Helder Silva, Nelson Jorge Silva-Junior e Hussam Zaher.

A nova espécie de serpente, pertencente à subfamília Dipsadidae, à tribo Elapomorphini, e ao gênero Apostolepis foi batizada como “Apostolepis adhara” em homenagem ao nome da estrela — Adhara — que representa o estado do Tocantins, na bandeira brasileira.

A razão da homenagem é porque “A. Adhara” foi encontrada próximo da Hidrelétrica de São Salvador, no município de São Salvador do Tocantins.

A espécie recém-descrita se junta às mais de trinta serpentes do gênero Apostolepis já descobertas, comuns na América do Sul, até o leste da Cordilheira dos Andes.

O artigo que anuncia a descoberta foi publicado em inglês sob o título “A new species of Apostolepis (Serpentes, Dipsadidae, Elapomophini) from the Cerrado of Central Brazil”, assinado por Daniella de França e pelos herpetólogos parceiros, já mencionados, na revista científica Zootaxa, número 4521, volume 4, páginas 539 a 552.

Nascida em Goiânia, em 1987, Daniella Pereira Fagundes de França é graduada em Ciências Biológicas pela PUC-Goiás (2008), onde desenvolveu trabalho de conclusão de curso sobre serpentes, intitulado “Comportamento de subjugação e ingestão de presas em Bothrops moojeni, Crotalus durissus collilineatus e Crotalus durissus terrificus (Serpentes, Viperidae) em cativeiro”.

Ainda durante a graduação especializou-se nas áreas de Zoologia de Vertebrados e Educação Ambiental através de estágios no Zoológico de Goiânia e Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas de Goiás (CEPB) e de monitoria por dois anos e meio na disciplina de Zoologia de Vertebrados para os cursos de bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas da PUC-GO.

Tornou-se Mestre (M.Sc.) em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais pela Universidade Federal do Acre (UFAC) com a dissertação intitulada “Ecologia e Composição da Herpetofauna no Reserva Extrativista Chico Mendes, Acre – Brasil”.

A bióloga goiana, fotógrafa e divulgadora científica, possui experiência nas áreas de Zoologia de Vertebrados, Educação Ambiental e Ecologia de Comunidades e Ecossistemas, atuando principalmente em trabalhos e projetos sobre herpetofauna e ornitofauna nos Biomas Cerrado e Amazônia.

Parabéns à herpetóloga goiana, doutora Daniella de França, por mais esse tijolinho assentado na grande construção da ciência mundial.

Nilson Jaime, mestre e doutor em Agronomia, escritor e membro do IHGG, é colaborador do Jornal Opção.

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