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Promotoria recomenda que concurso da PM seja anulado por quebra de sigilo das provas

Inquérito da Polícia Civil apontou que pelo menos 35 números de telefone receberam gabarito. Porém, apenas 16 pessoas foram identificadas pela fraude.

O promotor de Justiça Adriano Neves emitiu uma recomendação para o governo do Estado anular o concurso da Polícia Militar e contratar uma nova empresa para fazer a seleção. A recomendação foi emitida nesta terça-feira (13) e aponta que houve quebra de sigilo das provas e isso compromete a credibilidade do certame.

O site entrou em contato com o Estado e com a Polícia Militar e aguarda resposta.

Um inquérito concluído pela Polícia Civil de Araguaína apontou que 35 números de telefone receberam um gabarito com respostas durante a aplicação das provas. Porém, os investigadores só conseguiram identificar até agora 16 pessoas envolvidas no esquema. Os outros 19 não foram identificados.

Segundo o MPE, também foi comprovado em inquérito policial que houve “acesso prévio e não autorizado ao conteúdo do caderno de provas”. Apesar disso, a empresa responsável pelas provas afirmou que o concurso “encontra-se íntegro e livre de fraude”.

A recomendação do Ministério Público aponta também que a “ineficiência dos fiscais e o defeito no detector de metais permitiram que aparelhos celulares fossem escondidos em lixeiras de banheiros dos locais onde as provas eram realizadas”

Isso possibilitou que candidatos recebessem o gabarito das provas. Como aconteceu em uma escola de Araguaína, onde um celular foi apreendido. Segundo a polícia, o gabarito encontrado no celular continha 41 questões corretas de um total de 60.

Suspensões

O concurso da PM foi realizado em março deste ano, mas acabou sendo suspenso um mês depois, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB). Naquela ocasião, o Tribunal de Justiça suspendeu atos do governo, incluindo o concurso da Polícia Militar. Essa liminar que perdeu seus efeitos, mas o concurso também está sendo impedido de continuar pelo Tribunal de Contas Estadual (TCE).

No caso do TCE, um dos principais problemas apontados é que o Estado está bem acima do gasto com pessoal permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso também teria deixado de enviar informações sobre a realização do certame.

Segundo o Tribunal de Contas, o concurso vai continuar suspenso até o julgamento em plenário e isso ainda não tem data para acontecer.

O concurso

As provas do concurso foram aplicadas no dia 11 de março. Foram oferecidas 1 mil vagas para soldado e mais 40 para oficial da PM. Ao todo, mais de 70 mil pessoas fizeram as provas em 17 cidades.

O concurso também é composto por avaliação de capacidade física, avaliação psicológica, médica e odontológica e investigação social. A previsão inicial era que o resultado final de todas as etapas do concurso fosse divulgado em agosto deste ano.

O subsídio inicial durante o Curso de Formação de Oficiais é de R$ 4.499,52 e para o Curso de Formação de Soldados é de R$ 2.215,10.

G1 Tocantins.

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