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Professora e chefe de plantão feitos reféns durante rebelião estão há mais de 17 horas com criminosos

Servidores foram levados para a mata por presos que fugiram do presídio Barra da Grota, em Araguaína. Dos 28 presos, dez foram mortos e os demais continuam foragidos.

A professora Elisângela Mendes Sobrinho, de 43 anos, e o chefe de plantão do Presídio Barra da Grota, Roberto Aires, estão há mais de 17 horas em poder de criminosos. Eles foram feitos reféns na tarde desta terça-feira (2) após uma rebelião. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Secretaria e Cidadania e Justiça, 28 presos escaparam. Dez morreram em confronto com a polícia e os demais estão foragidos.

No momento da rebelião havia 12 servidores na Escola Sonho de Liberdade, que funciona dentro do presídio. Cinco eram professores e sete técnicos administrativos. A professora Elisângela Mendes Sobrinho é pedagoga e trabalha na Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) como professora de educação básica em regime de contrato.

O outro refém é Roberto da Silva Aires, 27 anos. Ele ocupa o cargo de técnico em Defesa Social, é casado e atua no sistema penitenciário desde maio de 2017. No momento do crime, o servidor estava como chefe de plantão do presídio.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que os criminosos saíram pela porta da frente utilizando a professora como escudo humano. 

A Secretaria de Cidadania e Justiça divulgou imagens dos detentos que conseguiram fugir do presídio Barra da Grota, em Araguaína. Nove mortos foram identificados e 18 homens ainda estão foragidos.

Os criminosos fizeram seis reféns durante a fuga. Quatro ficaram feridos e foram deixados para trás. Entre eles, Mark Alves Garcia de Sousa, de 31 anos, e Magnun Alves Garcia de Sousa, de 28 anos, foram levados para o Hospital Regional de Araguaína (HRA). Um deles também foi baleado. Os dois são irmãos.

Um funcionário da empresa responsável pelos serviços de hotelaria, alimentação e manutenção da unidade também foi atingido por tiros. O homem foi medicado e passa bem, sem risco de morrer.

Buscas

A rebelião teve início às 14h40 e seguiu até às 16h, quando o grupo saiu do presídio. Homens da Polícia Militar, Polícia Civil e do sistema penitenciário ainda estão procurando pelos fugitivos em uma área de mata.

O helicóptero da Segurança Pública também ajuda nas buscas com homens armados. Cães farejadores também são utilizados nas buscas.

O governo do estado informou que o governador Mauro Carlesse (PHS) realizou uma reunião com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras, e o com os secretários da Casa Militar, coronel Silva Neto, e da Casa Civil, Rolf Vidal. Os secretários e o comandante-geral seguiram para Araguaína onde acompanham a operação de buscas pela professora Elisangela Mendes e do servidor Roberto Aires.

O governador determinou que os secretários de Segurança Pública; e de Cidadania e Justiça também acompanhassem in loco a operação de resgate dos reféns e recaptura dos fugitivos.

A ordem é de resgatar os reféns e negociar um fim pacífico para a fuga. Para isso, todas as forças policiais da região estão mobilizadas e posicionadas estrategicamente visando o desfecho positivo da situação.

Entenda

A rebelião começou dentro da sala de aula da unidade, quando os presos fizeram uma professora refém. Agentes penitenciários foram baleados e feridos com chunchos, armas artesanais. Os criminosos também conseguiram tomar as armas dos servidores.

A Secretaria de Cidadania e Justiça disse ainda que já retomou o controle dentro da unidade. O helicóptero da segurança pública também está ajudando na operação de recaptura dos fugitivos.

G1 Tocantins.

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