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Prefeitura terá que exonerar mais de 110 servidores após concurso ser considerado nulo pela Justiça

Servidores ingressaram na Prefeitura de Miracema do Tocantins em 2007. Município apresentou diversos recursos, mas decisão transitou em julgado e não há mais como recorrer.

Uma decisão da Justiça determinou que a Prefeitura de Miracema do Tocantins exonere 114 servidores que ingressaram no serviço público em um concurso feito em 2007. As exonerações devem ocorrer até o próximo dia 31 de agosto, sob pena de multa diária, porque a seleção foi considerada nula pelo judiciário.

Na época do concurso o Ministério Público apontou diversas irregularidades, como dispensa de licitação para contratar a empresa que aplicou as provas, prazo curto para inscrição, irregularidades em vagas oferecidas e na correção das provas, entre outros problemas.
A anulação do concurso foi determinada pela Justiça de primeiro grau e o município apresentou vários recursos, mas não conseguiu mudar a decisão nos tribunais superiores.
“A matéria já foi julgada com trânsito em julgado, não cabendo mais discussão acerca da mesma. Atos nulos não geram efeitos jurídicos, de maneira que o concurso em questão não gerou direitos para os servidores como a estabilidade”, afirma o juiz André Fernando Gigo Leme Netto, na decisão que determinou as exonerações.

A Prefeitura de Miracema emitiu uma nota oficial, nesta segunda-feira (26), afirmando que sempre defendeu o interesse de manter os funcionários aprovados. O município foi intimado a exonerar os servidores em cinco dias, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por dia de descumprimento até o limite de R$ 300 mil.

A prefeitura ainda conseguiu mais alguns dias de prazo, pois a decisão saiu ainda no mês de julho deste ano, mas deverá concluir as exonerações até o próximo dia 31 de agosto.
“O Município reconhece o trauma dessa decisão, considerando que os servidores aprovados no concurso público de 2007 estão trabalhando há mais de dez anos, que são pais e mães de família que terão os seus vínculos desfeitos com o Município, por razões que fogem do controle de quem tem que tomar essa atitude hoje”, afirmou a prefeitura.

Por fim, a prefeitura afirmou entender que não há mais mecanismos judiciais capazes de reverter a sentença. “Assim, já estão sendo promovidos estudos para a realização de um concurso público amplo, contemplando toda a necessidade do Município, de forma que toda população tenha oportunidade de participar de um certame sem vícios e sem questionamentos.”

G1 Tocantins.

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