A PF (Polícia Federal) autorizou hoje a entrada de jornalistas para acompanhar entrevistas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja conceder amanhã.
Com exclusividade aos jornais Folha de S.Paulo e El País. Os veículos haviam solicitado as entrevistas à Justiça Federal do Paraná, que negou os pedidos, feitos no ano passado. O STF (Supremo Tribunal Federal), porém, autorizou os encontros com os jornalistas.
Segundo a assessoria de imprensa de Lula, a Superintendência da PF no Paraná anunciou que a entrevista será acompanhada por uma “plateia de jornalistas convidados por ela própria para assistir a entrevista, sem direito de fazer perguntas”. Procurada, a PF ainda não se manifestou a respeito. Não foi informado oficialmente até o momento como será a seleção de jornalistas e quantos poderiam acompanhar o encontro de Lula com representantes da imprensa.
No documento em que abre a entrevista para ser acompanhada por outros veículos, o superintendente da PF no Paraná, delegado Luciano Flores de Lima, diz que a presença de outros jornalistas está autorizada “dentro de um limite em que a limite em que a sala disponível para tais entrevistas suportar”.
“E dentro do que for considerado seguro pela análise de risco e para garantir a segurança de todos, especialmente do entrevistado, que se encontra sob nosso tutela”, complementa. A assessoria de imprensa de Lula contesta a decisão da PF e diz que ela “viola primeiro a decisão do Supremo, já que as entrevistas devem acontecer com anuência do ex-presidente”.
“[A decisão viola] também os jornalistas, a prática e a ética jornalística ao permitir que profissionais de outros veículos assistam entrevistas exclusivas para outras publicações e publiquem antes uma entrevista pela qual os outros veículos lutaram na justiça porlimite em que a sala disponível para tais entrevistas suportar”. “E dentro do que for considerado seguro pela análise de risco e para garantir a segurança de todos, especialmente do entrevistado, que se encontra sob nosso tutela”, complementa.
A assessoria de imprensa de Lula contesta a decisão da PF e diz que ela “viola primeiro a decisão do Supremo, já que as entrevistas devem acontecer com anuência do ex-presidente”.
Há a possibilidade de que as entrevistas não sejam mais realizadas se for mantido esse formato, o UOL apurou. A PF, no documento assinado por Lima, indicou que a decisão cumpre “os direitos constitucionais relativos ao livre exercício da profissão, liberdade da imprensa e do pensamento, assim como o da publicidade dos atos administrativos que não estiverem sob necessidade de sigilo”. Folha de S.Paulo e El País serão procurados pela reportagem e terão suas manifestações atualizadas neste texto assim que enviadas.
UOL.