Operação foi chamada de Urutau e é um desdobramento da Reis do Gado, de 2016. Grupo é suspeito de lavar dinheiro público por meio de laranjas e testas de ferro; prejuízo seria de R$ 50 milhões.
Três mandados de prisão temporária e outros quatro de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta terça-feira (1º) em Palmas pela Polícia Federal. Trata-se de uma operação para desarticular uma suposta organização criminosa suspeita de desvio de recursos públicos e de lavagem de dinheiro por meio de laranjas e testas de ferro. A ação foi chamada de Urutau.
De acordo com a Polícia Federal, essa nova investigação é um desdobramento da Operação Reis do Gado, deflagrada pela PF em 2016. A suspeita é de que o grupo tenha desviado mais de R$ 50 milhões em contratos públicos ligados a empresas.
São aproximadamente 15 policiais cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Todos os suspeitos foram presos e estão passando por audiência de custódia.
A polícia informou que a ação busca aprofundar as investigações da operação Reis do Gado em relação a um eixo da organização criminosa suspeito de desviar dinheiro de contratos públicos. O grupo também é suspeito de lavar esses recursos, falsificando documentos e utilizando-se de empresas em nome de laranjas ou testas de ferro.
O nome da operação faz referência ao pássaro urutau, conhecido como o rei da camuflagem.
Outras operações
Esta é a terceira operação realizada pela Polícia Federal para investigar desvio de recursos públicos em uma semana. Na última quinta-feira (26), o ex-governador Marcelo Miranda (MDB), o pai dele, Brito Miranda, e um irmão, José Edmar Brito Miranda Júnior, foram presos. Dias antes, um casal que supostamente foi laranja da família também foi preso.
G1 Tocantins.