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Passageiro de Kombi que bateu contra poste morre em hospital de Goiânia

Ele estava internado na UTI do Hugo desde o dia do acidente. Motorista do veículo disse à polícia que dormiu ao volante. Uma cozinheira morreu na colisão e uma gestante perdeu o bebê.

O passageiro da Kombi que bateu contra um poste, Antônio Martins dos Santos Neto, de 44 anos, morreu na noite de segunda-feira (19). Ele estava internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) desde o dia do acidente. Outra ocupante de veículo morreu no momento do acidente e uma gestante perdeu o bebê.

A batida aconteceu no dia 11 de junho, na Avenida 83, no Setor Sul. Dez pessoas estavam no veículo e voltavam de um evento em Aparecida de Goiânia, onde prestaram serviços a um bufê. Vídeos registraram o momento da colisão. O motorista do veículo, José Carlos da Silva, de 63 anos, confessou que tinha trabalhando como garçom a noite toda no evento e que dormiu ao volante.

Antônio teve traumatismos no crânio, coluna e tórax. Ele chegou a passar por cirurgia no Hugo e estava em estado grave, respirando com o auxílio de aparelhos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para que seja definido a causa da morte.

Outros dois homens estão internados no Hugo desde o dia do acidente. Eles estão em estado regular na enfermaria da unidade, respiram espontâneamente e estão consciente.

A Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito. “O motorista dormiu ao volante, então ele vai ser indiciado por dois homicídios culposos, lesão corporal e também temos que avaliar o aborto causado à gestante. Ainda não terminamos as oitivas, tem que esperar laudos médicos, cadavéricos e também da perícia do veículo, então tem muita coisa para analisar ainda”, disse a delegada Nilda Andrade.

Durante o depoimento, o garçom que estava dirigindo a Kombi reclamou que estava cansado devido à carga horária excessiva. “Trabalhei quarta, quinta, sexta-feira e no sábado”, relatou.

O administrador do Hanna Buffet, João Marcelo Ribeiro, alega que a maioria dos funcionários é contratada de forma terceirizada e, por isso, não consegue controlar se eles estão excedendo a carga horária. Ele diz que as equipes são definidas de acordo com o evento.

Ribeiro também explicou que sempre há um motorista para levar a equipe de volta para a empresa após os eventos, mas que, no dia do acidente, isso não aconteceu.

“Infelizmente, o garçom assumiu a direção e trouxe a equipe. Não é a orientação, sempre que possível, a gente tenta orientar, mas eventualmente acontece. Há escolha, mas a escolha significa esperar o motorista levar uma equipe, depois retornar para fazer o transporte de outra. Com isso, leva-se mais tempo”, pontuou.indice-2

G1/TO

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