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O que está travando a instalação da Serra Verde em Minaçu

Desde que surgiram os primeiros rumores da instalação da mineradora Serra Verde em Minaçu, a economia da cidade vem sonhado com sinais de reação. Há uma expectativa muito grande em torno dos empregos e do resgate do aquecimento do comércio e do turismo na região. O projeto é ousado. Serão mais de R$1.2bi investidos no planejamento, na instalação da jazida e em todo o processo de lavra.

De olho nas múltiplas aplicações em produtos de alta tecnologia, em 17 minerais conhecidos como terras-raras, a empresa do Grupo Mining Ventures Brasil (MVB) se mobiliza para não só explorar o minério em Minaçu, mas liderar o mercado nacional e competir diretamente com a maior economia do mundo, a China.

A planta industrial destinada ao aproveitamento da jazida já está pronta. Mas, a burocracia tem sido o principal gargalo que a empresa enfrenta para conseguir dar continuidade ao projeto.  O Portal NG foi checar ponto a ponto esse processo.

A empresa está, desde o ano passado, a espera de ter do Governo o licenciamento ambiental.   Só a partir daí será possível iniciar os trabalhos para a liberação da Licença de Instalação, que vai exigir pesados investimentos na contratação dos projetos de engenharia, da construção da mina, da usina e dos acessos. A empresa estima que todo esse processo burocrático ainda vai levar 1 ano ou mais. Quem explica com detalhes é o Diretor da empresa, Guilherme Guimarães. Confira a entrevista exclusiva ao Portal NG:

Desde que surgiram os primeiros rumores da instalação da mineradora Serra Verde em Minaçu, a economia da cidade vem sonhado com sinais de reação. Há uma expectativa muito grande em torno dos empregos e do resgate do aquecimento do comércio e do turismo na região. O projeto é ousado. Serão mais de R$1.2bi investidos no planejamento, na instalação da jazida e em todo o processo de lavra.

De olho nas múltiplas aplicações em produtos de alta tecnologia, em 17 minerais conhecidos como terras-raras, a empresa do Grupo Mining Ventures Brasil (MVB) se mobiliza para não só explorar o minério em Minaçu, mas liderar o mercado nacional e competir diretamente com a maior economia do mundo, a China.

A planta industrial destinada ao aproveitamento da jazida já está pronta. Mas, a burocracia tem sido o principal gargalo que a empresa enfrenta para conseguir dar continuidade ao projeto.  O Portal NG foi checar ponto a ponto esse processo.

A empresa está, desde o ano passado, a espera de ter do Governo o licenciamento ambiental.   Só a partir daí será possível iniciar os trabalhos para a liberação da Licença de Instalação, que vai exigir pesados investimentos na contratação dos projetos de engenharia, da construção da mina, da usina e dos acessos. A empresa estima que todo esse processo burocrático ainda vai levar 1 ano ou mais. Quem explica com detalhes é o Diretor da empresa, Guilherme Guimarães. Confira a entrevista exclusiva:

Portal NG: A cidade de Minaçu já está no mapa da produção mineral, mas pretende ganhar ainda mais espaço com a chegada das Mineradora Serra Verde. Quando surgiu os primeiros estudos sobre esses minérios encontrados aqui na região?

GG: Os estudos na região de Minaçu foram iniciados em meados de 2010, a partir de análise geológica da região e áreas disponíveis para pesquisa junto ao DNPM.

Portal NG: A que pé está o processo de licenciamento ambiental da empresa?

GG: Este é o gargalo do projeto. A Mineração Serra Verde já efetuou todos os estudos ambientais e protocolos necessários para a primeira etapa do licenciamento – Licença Prévia. Em alguns casos, executou estudos além do legalmente exigido, contudo a análise e aprovação destes documentos, e consequente marcação da audiência pública, ainda estão pendentes, aparentemente por razões de natureza operacional, apesar de todo apoio do Secretário de Meio Ambiente do Estado.

Portal NG: E quanto à instalação? É possível falar em atividade ainda nesse ano?

GG: A instalação, ou início das construções, depende diretamente do licenciamento ambiental. Após a liberação da Licença Prévia, etapa cuja resolução estamos aguardando, iniciaremos os trabalhos para a Licença de Instalação – LI, que exige pesados investimentos na contratação do detalhamento dos projetos de engenharia e construção da mina, usina, acessos etc. Além disso implementar, se houver necessidade, medidas decorrentes de eventuais exigências os termos de ajuste de conduta formulados pelas autoridades licenciadoras, bem como outras atividades e estudos relacionados a essa fase. Somente após a obtenção da LI é que a empresa estará autorizada a iniciar a construção da mina, o que pode demorar 1 ano ou mais, já que a definição desse prazo não depende apenas da empresa, mas sobretudo da velocidade da tramitação dos processos de licenciamento, em especial, da natureza e extensão de eventuais exigências formuladas no seu bojo. Valendo ressaltar que nossa expectativa é de uma tramitação rápida, já que o projeto, além de ter um baixo impacto ambiental para os padrões da mineração, propiciará vantagens sócio econômicas significativas para a comunidade local em particular, além de beneficiar a economia do Estado de Goiás e até do Brasil.

Portal NG: Há a informações de que o alojamento da empresa está sendo instalado no Distrito do Filó (Santo Antônio de Cana Brava). Isso está realmente sendo executado?

GG: A Mineração Serra Verde ainda não tem definida a localização do alojamento, contudo o Distrito do Filó possui vantagem por estar mais próximo à mina e futuras instalações industriais. De qualquer forma, é importante salientar que os detalhes do projeto, inclusive os relativos à logística e suporte da mineração, só terão caráter definitivo após a conclusão dos estudos necessários à obtenção da Licença de Instalação –LI.

Portal NG: Há alguma expectativa quanto à oferta de emprego nos próximos meses? Quais seriam as áreas, e quantas ofertas (diretos e indiretos) seriam, a curto e à longo prazo?

GG: A expectativa e planos de trabalho desenvolvidos, indicam entre 250 e 300 vagas diretas aproximadamente e de 300 a 1000 vagas indiretas, números que podem dobrar no longo prazo, quando da duplicação da capacidade industrial. Para este ano, conforme dito anteriormente, ainda aguardamos o licenciamento ambiental, portanto, neste momento, não temos como prever o início das contratações.

Portal NG: Em que estágio está a construção da planta industrial destinada ao aproveitamento da jazida?

GG: Os desenhos iniciais de engenharia conceitual e plano de lavra estão prontos. Esperamos, ainda em 2017, iniciar o desenvolvimento da engenharia básica e posteriormente detalhada, assim como o detalhamento do plano de lavra.

A construção efetiva, conforme indicado anteriormente, depende da aprovação dos licenciamentos ambientais em andamento.

Portal NG: As operações da empresa estavam previstas para 2016. Houve um atraso, ou esse prazo já estava previsto?

GG: Na realidade, conforme pode-se verificar em nosso website (www.mineracaoserraverde.com.br) tínhamos previsto o início das construções para o ano de 2017 e operações em aproximadamente 2 anos após. Entretanto, devido ao tempo consumido pela primeira fase do o processo de licenciamento ambiental (Licença Prévia –LP), estes prazos estão sendo revistos e, tão logo, tenhamos uma melhor estimativa para a obtenção da LP, iremos atualizar nosso cronograma e atualizar essas informações em website.

Portal NG: Há informações que dão conta que a instalação da empresa, em relação a projeção inicial, teve proporções reduzidas. Procedem?

GG: Não procedem. A escala do projeto não foi alterada. Entretanto, a forma e os custos estão sendo modulados para atender os desafios impostos pela conjuntura do mercado. Com efeito, as dificuldades existentes no mercado, que são de conhecimento público, impõem desafios que precisam ser enfrentados com dinamismo, em especial os aspectos relacionados à crise, tanto no âmbito nacional e internacional, que impactam diretamente na oferta e na demanda de commodities e bens industriais, afetando os preços dos minérios. Desta forma, a Mineração Serra Verde, mantém um processo de adequação contínua de seu plano de implantação e produção, visando otimizar o sucesso do projeto, observando, as vantagens e riscos propiciados pelo mercado, em especial quanto aos efeitos de novos volumes de oferta sobre a relação oferta/demanda, que podem impactar negativamente nos preços e nas margens competitiva e bruta do aproveitamento econômico dos recursos minerais. Essa abordagem dinâmica, além do viés econômico, atende também ao princípio da “exploração racional dos recursos minerais”, o qual, mais do que uma diretriz legal do nosso Código de Mineração, é um dos pilares da inserção da mineração no processo de desenvolvimento sustentável, em todos os níveis: local, nacional e global. Portanto, não há mudança na escala do projeto, apenas adequação de sua estratégia produtiva, com flexibilidade para atender as demandas decorrentes da evolução do mercado. Se, por um lado a dimensão inicial poderá ficar um pouco abaixo das estimativas iniciais, feitas em 2013, quando o mercado estava em alta, por outro o projeto ganhou flexibilidade para responder com agilidade e eficiência, tanto econômica quanto ambiental, aos desafios impostos pelas flutuações dos mercados, uma característica, aliás, que vem se acentuando em todos os segmentos da economia.

Portal NG: Instalada, por quantos anos a jazida pode ser explorada, de acordo com os estudos da empresa?

GG: A Mineração Serra Verde concluiu, até o momento, estudos de exploração em apenas 15% das áreas requeridas, obtendo aproximadamente 80 anos de extração mineral. Para as demais áreas, estamos realizando trabalhos de exploração mais focados, cujos resultados ainda estão sendo tabulados para protocolo junto ao DNPM. Mas é importante ter em mente que esse número, muito comumente divulgado em se tratando de projetos de mineração, é constantemente alterado pela evolução da tecnologia e das necessidades sociais. Por isso é importante que a sociedade compreenda que reservas aparentemente muito grandes, não têm muito significado econômico no longo prazo, mercê da possibilidade de substituição de materiais ou mesmo do surgimento de fontes alternativas de suprimento. Assim, o montante das reservas muda ao sobro dos preços e da demanda. O que hoje é rejeito amanhã pode ser minério ou vice-versa. Em suma, esse é um dado que precisa ser analisado levando-se em conta o hoje e o futuro projetável, o qual, a cada dia, torna-se mais curto, mercê do dinamismo econômico e tecnológico da sociedade contemporânea. De qualquer forma, a Mineração Serra Verde deverá ser um ativo econômico e social bastante longevo, em benefício de todos os seus stakeholders, gerando emprego, renda e matéria prima para a produção de tecnologias limpas por muito tempo.

Portal NG: A empresa tem planos para liderar projetos sociais na região? Como seria isso?

GG: Com certeza. A Mineração Serra Verde tem no seu conjunto de valores corporativos o apoio ao bem estar e convivência social e, após instalada e iniciada as operações, pretende desenvolver projetos sociais e educacionais na região, focalizando as necessidades reais identificadas em um processo contínuo de diálogo com a comunidade, que poderá incluir, entre outros, o apoio redes de proteção social, projetos culturais e educativos, formação e treinamento de profissionais e tudo o mais que, ao longo do tempo, for identificado como importante para o desenvolvimento humano e possível de ser apoiado por uma empresa socialmente responsável.

Portal NG: Por fim, Guilherme, a chegada da empresa Serra Verde pode inserir Minaçu na linha de produção da alta tecnologia no mercado mundial? Qual é a expectativa da empresa?

GG: De fato, o que ocorrerá é a ampliação da contribuição de Minaçu para esse mercado. Pois, a cidade contribui, há décadas, com o fornecimento de crisotila, um mineral com importantes aplicações, inclusive na alta tecnologia. É claro que a Serra Verde está “começando pelo começo”: isto é, fornecendo matéria prima essencial para as indústrias ligadas às tecnologias limpas: fabricação de ligas e compostos empregados que são o cerne de equipamentos como turbinas eólicas, carros elétricos, painéis solares, vídeos e sistemas de iluminação de baixo consumo, equipamentos de imagens no âmbito hospitalar, etc.. No entanto, o desenvolvimento desse parque leva tempo e exige especializações que estão além dos recursos hoje dominados pela Serra Verde, mas que, sem a matéria prima por nós produzida, não têm como se instalar. Portanto a Serra Verde representa, sem sombra de dúvida, a semente de um gigantesco pomar que poderá produzir ainda muitos outros frutos. Essa perspectiva, sem dúvida, faz parte da visão e das expectativas dos investidores e idealizadores do projeto, contudo, somente se materializará no longo prazo.

As Terras Raras são elementos vitais no desenvolvimento tecnológico de ponta devido às aplicações em supercondutores, superimãs, catalizadores, turbinas eólicas, carros híbridos, LEDs, dispositivos de informática, entre outros produtos de alta tecnologia, ou seja, praticamente tudo ligado à alta tecnologia, à geração de energias limpas e à conservação de energia.

Com a entrada e início das operações da Mineração Serra Verde, Minaçu surgirá no mapa como um dos maiores produtores de Terras Raras do mundo, oferecendo uma alternativa real ao quase-monopólio hoje exercido pela China, o que certamente atrairá outros atores da diversificada cadeia econômica ligada às Terras Raras, propiciando o ensejo do se desenvolver uma cadeia produtiva de alta tecnologia na região.(Fonte:O Norte de Goiás)

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