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Motoristas denunciam péssimas condições da GO-142, entre Trombas e Montividiu

Além do perigo de acidentes, denunciantes relatam prejuízos financeiros em decorrência da precária situação do trecho.

Asfalto danificado, buracos, falta de sinalização e acostamento. É assim que os motoristas que precisam passar pela GO-142, entre Trombas e Montividiu, no Norte do estado, descrevem a rodovia. Moradores denunciam a situação e afirmam que o local está em péssimas condições há mais de um ano. Além do perigo de acidentes, denunciantes relatam prejuízos financeiros em decorrência da precária situação do trecho

O motorista de ônibus Geder Luciano reside em Goiânia, mas precisa passar todos os dias pela rodovia. Para ele, o desafio é diário e a atenção é redobrada na GO-142, especialmente no trecho entre os municípios de Trombas e Montividiu. O homem conta que já presenciou diversos acidentes, veículos com pneus furados e suspensão do automóvel danificada.

Geder, que faz a rota pela rodovia há quatro anos, relata que situação é de calamidade. “Você tem que parar o veículo e escolher em qual buraco vai passar. Muitas vezes não tem como desviar. Geralmente a pessoa cai em um lado dos buracos”. Segundo ele, a situação é recorrente e dura mais de um ano. “A gente percebe que está cada vez pior. Sem a devida manutenção, os buracos vão aumentando e vão surgindo novos problemas”, critica.

Conforme expõe o motorista, além de buracos, a rodovia não possui sinalização e sequer acostamento. Rachaduras e asfalto deteriorado também compõem o cenário. “É muito transtorno para quem, como eu, utiliza a GO todos os dias. Não só para nós, mas também para todos que passam no local. O risco é grande. Não estamos pedindo nada além do nosso direito. É obrigação do Estado investir. O dinheiro arrecadado é nosso. Somos nós quem pagamos impostos, como o IPVA, por exemplo”, disse.

(Foto: Leitor/Mais Goiás)

Prejuízos

O relato do pastor Paulo Cesar Ribeiro, que mora em Montividiu, é semelhante ao do motorista. Segundo ele, a GO-142 possui cerca de 42 km entre as cidades de Formoso e Montividiu. No entanto, o homem afirma que a deterioração do asfalto não é vista em todo o trajeto. “Não é toda a via que está em situação precária, mas vários trechos estão sem condição de tráfego”, relata.

Ele conta que o desgaste e prejuízo são constantes. “Já presenciei três acidentes próximo a Montividiu. Muitos motoristas ficam com a roda do carro amassada. Há prejuízo financeiro e também o perigo de acidentes principalmente em período chuvoso”. O pastor afirma ainda que a situação gera transtornos a ambulâncias que precisam transportar pacientes com urgência para outras cidades. “Atrasa bastante a viagem porque a situação é de calamidade. Acabou completamente o asfalto. O motorista precisa redobrar a atenção se não as coisas podem piorar”.

De acordo com Paulo Cesar, a GO-142 é a única que via que dá acesso de Montividiu a municípios como Porangatu e Goiânia. A situação precária da rodovia, segundo ele, prejudica também a situação econômica de comércios da região. “Temos uma empresa de extração de pedra e produtores de soja, por exemplo, que precisam transportar as mercadorias. São veículos pesados e a rodovia do jeito que está não suporta esse tráfego mais. Simplesmente estamos esquecidos”, ressaltou.

O site entrou em contato com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e aguarda um posicionamento.

Alta arrecadação x investimentos

Segundo informações da Secretaria da Economia, a arrecadação do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) cresceu 11,5% em 2019 em comparação com 2018, somando os pagamentos espontâneo, de ações fiscais e da dívida ativa. O valor total recebido pelo Tesouro Estadual no ano passado foi de R$ 1,5 bilhão, contra R$1,368 bilhão, em 2018. Além da arrecadação espontânea, as ações fiscais tiveram impacto no aumento.

Os dados da gerência de IPVA, da Pasta, mostram que a arrecadação resultante da ação fiscal passou de R$ 12,2 milhões para R$ 20,5 milhões, evolução de 68,5%, somado ao aumento do pagamento de espontâneo e dívida ativa, que chegou aos 11,5% no total. Segundo o gerente do IPVA, Jorge Arêas Demaria, o valor arrecadado com IPVA é dividido igualmente entre o governo do Estado e o Município no qual o veículo foi emplacado. Atualmente, em Goiás, 2.1 milhões estão aptos ao pagamento do imposto.

O site entrou em contato com a secretaria para verificar em que áreas o valor arrecadado pelo IPVA pode ser aplicado e se o recurso pode ser destinado à recuperação da GO-142. O portal aguarda retorno.

Mais Goiás.

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