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Maternidade usa ofurô para ajudar na recuperação de bebês prematuros

Para que a prática tenha sucesso é preciso que o ambiente seja controlado, com iluminação e ruídos reduzidos e água com temperatura entre 36º e 38º.

Um projeto realizado na maternidade Dona Regina, em Palmas, usa ofurôs no tratamento de bebês prematuros que estão internados na UTI. Na técnica, as crianças são emabaladas em água quentinha até relaxarem e dormirem.

“O reflexo é a longo prazo. Há alguns anos atrás o importante da UFTI neonatal era só salvar vidas. Hoje a gente pensa em qualidade de vida, funcionalidade. A gente quer devolver para mãe, família e sociedade, bebês vivos e saudáveis neurologicamente e com funções motoras preservadas”, explica a supervisora de fisioterapia da UTI, Dayane Gama Maciel.

Para que a prática tenha sucesso é preciso que o ambiente seja controlado. A iluminação deve ser reduzida, assim como os ruídos. A água precisa estar em temperatura exata entre 36º e 38º, medida que pode ser feita com o termômetro que se encontra na farmácia.

“A gente coloca um lençol para simular o útero materno. A gente precisa envolver o bebê para ele se sentir seguro, não ficar desorganizado e não receber o estimulo de forma nociva, mas de maneira benéfica, como a gente quer. A gente segura pelo pescoço e cabeça porque a capacidade da água de flutuação vai permitir que o peso corporal do bebê seja diminuindo quando estiver imerso”, diz a supervisora.

A doméstica Aurenildes Gomes dos Santos teve a quarta filha pouco depois de completar seis meses de gestação e não conhecia a técnica. “Eu fiquei com medo de afogar minha filha, mas graças a Deus deu certo. Teve um dia que ela chorou para não tirarem ela.”

Ester não só não se afogou, como está reagindo muito bem. O tratamento só é indicado para bebês que já estão com o estado de saúde estável e tenham até 2,5 kg. Relaxado, o recém-nascido ganha peso e quanto mais rápido isso acontece, maior é a chance de alta da UTI, liberando um novo leito na unidade.

A prática é tão benéfica para o desenvolvimento dos bebês, que em uma semana, dos três recém-nascidos que fazem parte do projeto, todos receberam alta.

“A UTI é um ambiente muito estressante, então a gente consegue ter reflexos positivos com relação ao comportamento desses bebês. A gente consegue mantê-los mais tranquilos para ganhar peso e consequentemente tem alta mais rápido, tem alta mais rápido. O risco de desenvolver infecções é menor”, afirma a supervisora.

 G1/TO

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