Casos se tratam de cirurgias eletivas, que não são consideradas de urgência. Paciente que sofreu fratura na perna espera há 2 anos por procedimento.
Mais de 5 mil pessoas esperam na fila de cirurgias eletivas no Tocantins. Apesar de não serem considerados procedimentos de urgência, vários pacientes sofrem há anos por não conseguirem realizar as operações. De acordo com a Secretaria de Saúde do Tocantins, a maior parte dos pacientes precisa de procedimento ortopédico ou de aparelho digestivo.
Este é o caso de Graciliano Ramos, que sofreu um acidente de trânsito em 2017 e teve a perna fraturada. A primeira indicação médica foi de cirurgia e ele chegou a colocar pinos no local da lesão. Segundo ele, os profissionais disseram que o ideal seria uma prótese.
Como o procedimento não era urgente, ele continua com o problema e dificuldades para andar. “Eu aguardo há 2 anos. Fui encaminhado para a fila de espera há 10 meses”, disse o homem.
Segundo a Secretaria de Saúde do Tocantins, neste ano já foram realizadas 3.959 cirurgias eletivas. Do total, 150 foram feitas nos 17 primeiros dias de outubro. A meta do Estado é fazer, entre outros procedimentos, mais 1.340 cirurgias ortopédicas e 1.275 cirurgias gerais até o final do ano.
O autônomo Magnon Barbosa também esteve na fila por quase 2 anos para retirar pedras da vesícula. Segundo ele, a espera foi traumática. “É complicado por isso. Pode até conseguir se sofrer uma grande crise, ai eles fazem a cirurgia, mas caso contrário, a fila é praticamente inacabável”, lembrou.
O outro lado
O secretário estadual da saúde, Edgar Tollini, informou que não é possível zerar a fila, já que todos os dias novos pacientes precisam do procedimento. Uma das estratégias do Estado para tentar agilizar o atendimento é marcar procedimentos em finais de semana e feriados.
“Nós queremos é que diminua o tempo de espera que muitas vezes é muito longo. Nós tínhamos cinco pacientes internados há mais de um ano no Hospital Geral de Palmas e hoje nós só temos um paciente acima de 90 dias”, disse o secretário.
A Secretaria informou que Graciliano Ramos, citado na reportagem, será operado, mas não informou quando isso vai acontecer.
G1 Tocantins.