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Mais de 100 famílias indígenas recebem atendimento médico de forma improvisada

Situação é na aldeia Salto, em Tocantínia. Por causa de reforma, consultórios improvisados funcionam em uma única sala e são separados por armários. No local não há maca para examinar os pacientes, que reclamam da falta de assistência e de privacidade.

Mais de 100 famílias indígenas Xerentes da aldeia Salto, em Tocantínia estão recebendo atendimento médico de forma improvisada. Isso porque a reforma da unidade de saúde do local ainda não foi concluída dois meses após o prazo estabelecido. 
O prédio da Unidade Básica de Saúde foi fechado para reforma. A obra avaliada em mais de R$129 mil começou em agosto de 2018 e deveria ter sido entregue em dezembro do mesmo ano.

“A empresa alega que não está recebendo o repasse de recurso. Quando a gente vai procurar o outro setor fala que está repassando tranquilamente. A gente fica de mãos atadas sem saber o que fazer”, disse o cacique Valcir Xerente.

Abraão Xerente disse que “quebraram o que já estava feito, mas não fizeram nada”. Enquanto a unidade não abre, os indígenas são atendidos em um prédio onde funcionava uma creche municipal. Até a energia elétrica do local é improvisada.

Na única sala funcionam consultório médico e odontológico, que são divididos por armários. O consultório médico possui apenas uma mesa e duas cadeiras e não tem maca para examinar os pacientes. As pessoas que aguardam atendimento conseguem ver quem está se consultando.

No local onde o dentista atende tem uma cama que é usada por pacientes que sentem muitas dores. Um idoso Abraão Xerente conta que já teve um dente extraído na cama. “Deviam ter mais capricho com a gente”.

O técnico em enfermagem, Levi Xerente, conta que a situação atrapalha pacientes e profissionais da saúde.

“Às vezes o próprio paciente deveria esclarecer melhor as situações que passa, mas infelizmente não têm essa privacidade. E também para os profissionais ficarem aqui. Médicos, dentistas para fazerem o seu trabalho em prol da comunidade. Não temos o espeço como a gente queria. Como deveria ser”.

O outro lado

Segundo o Departamento de Saúde Indígena, o contrato está vigente pois foi feito aditivo depois de uma vistoria técnica. Disse ainda que os atendimentos também são feitos nas residências e que o a aldeia conta com um consultório odontológico móvel.
O prazo para que a unidade de saúde volte a funcionar não foi informado.

 G1 Tocantins.

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