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Jovem é preso e confessa em vídeo ter matado comerciante durante assalto a lanchonete : ‘Veio para cima de mim e eu dei um disparo’

Segundo a polícia, rapaz disse que cometeu o crime por ter perdido o emprego em um abrigo onde trabalhava com cuidador de idosos. Um menor também foi apreendido suspeito de ligação com o crime.

Um jovem de 22 anos foi preso suspeito de matar um comerciante durante um assalto a uma lanchonete no Setor Sul, em Goiânia. Em um vídeo feito pela Polícia Civil, ele confessa o crime e diz que atirou porque a vítima reagiu. Ainda de acordo com a corporação, Jean Carlos de Souza disse que cometeu o crime por ter perdido o emprego como cuidador de idoso. Um menor foi apreendido também suspeito de envolvimento na ação.

No vídeo, Jean explicou como aconteceu o crime. “Eu vi ele lá parado mexendo no celular. Encostei o carro na esquina, fui lá, dei a voz de assalto e pedi para ele não reagir. Ele pegou alguma coisa debaixo do micro-ondas, eu não identifiquei o que era e veio para cima de mim e eu dei um disparo contra ele”, disse.

José Maria da Silva, de 57 anos, morreu no dia 20 de julho. Ele chegava para trabalhar quando foi abordado por um criminoso. Ele reagiu, tentou lutar com o assaltante, mas acabou baleado e morreu no local.

Em depoimento à polícia, o menor também confessou o crime. Já na apresentação à imprensa nesta segunda-feira, Jean se manteve em silêncio. O G1 não teve acesso à defesa dos suspeitos.

José Maria da Silva foi morto ao reagir a assalto em lanchonete em Goiânia, Goiás (Foto: Ademar da Silva/Arquivo Pessoal)José Maria da Silva foi morto ao reagir a assalto em lanchonete em Goiânia, Goiás (Foto: Ademar da Silva/Arquivo Pessoal)

José Maria da Silva foi morto ao reagir a assalto em lanchonete em Goiânia, Goiás (Foto: Ademar da Silva/Arquivo Pessoal).

Os dois foram detidos na última quarta-feira (15). O menor estava em casa, no Setor Novo Horizonte. Já Jean Carlos havia fugido e estava escondido em Messianópolis, Distrito de Moiporã. O delegado Paulo Ribeiro, responsável pelo caso, afirmou que a identificação do veículo usado no crime foi fundamental para elucidar o crime.

“Através de imagens de câmeras de segurança, conseguimos identificar o veículo usado no crime e descobrimos que ele havia sido roubado quatro dias antes do latrocínio, em um posto de combustíveis no Setor Parque Amazônia. Dois dias após o crime, o carro foi encontrado na zona rural de Abadia de Goiás com o interior parcialmente carbonizado”, explicou.

De acordo com o delegado, Jean Carlos, ao tentar justificar o crime, disse que havia perdido o emprego recentemente e precisava de dinheiro. A apuração apontou também que eles traficavam drogas.

“O Jean Carlos, por não ter passagem, tinha uma ocupação lícita, de maneira curiosa, em um asilo, exercendo a função de cuidador de idosos. Ele tinha sido despedido e não tinha recebido o dinheiro dele. Ele disse que precisava de dinheiro e chamou o adolescente para praticarem roubos”, contou.

Apesar de não ter passagens, Jean Carlos confessou ter praticado um homicídio em 2015, no Jardim Curitiba, em Goiânia, motivado por disputa de droga. O caso será investigado pela Delegacia de Investigação de Homicídios. Além disso, ele também admitiu ter roubado o carro usado no latrocínio de José Maria.

Jean Carlos vai responder por latrocínio, que é o roubo com morte. Se condenado pode pegar até 30 anos de prisão. Já o menor responderá pelo ato infracional análogo ao mesmo crime. Ele pode ficar no máximo três anos cumprindo medida socioeducativa.

G1 Tocantins.

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