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IML fará exame da arcada dentária para identificar corpos carbonizados em chácara

Segundo a Polícia Civil, as vítimas são Acácio Gonçalves, de 70 anos, e o filho Márcio Gonçalves, de 36. Exame deve confirmar identidade para família fazer o enterro.

O Instituto Médico Legal de Palmas fará exame de arcada dentária para identificar os corpos que foram carbonizados no quarto de uma chácara, a cerca de 8 km de Paraíso do Tocantins. A polícia informou que as vítimas são Acácio Gonçalves, de 70 anos, e o filho Márcio Gonçalves, de 36. O problema é que por terem sido carbonizados, ainda não foi possível identificar quais as ossadas de cada uma das vítimas para que os parentes façam o enterro.

Os corpos de pai e filho foram encontrados na tarde do último sábado (22). A suspeita da polícia é que um botijão de gás tenha sido usado para queimar as vítimas. A mulher de Acácio, Ivani Ribeiro, de 61 anos, também foi assassinada. Ela foi encontrada no quintal da casa, com um corte profundo na garganta. O enterro da mulher foi neste domingo (23), no cemitério de Paraíso do Tocantins.

O IML aguarda dados odontológicos da família para fazer o exame de arcada dentária. Não há previsão de quando os corpos dos dois homens serão liberado. Caso não seja possível a identificação pela arcada, o instituto deverá fazer exame de DNA.

Corpos de pai e filho foram carbonizados em quarto — Foto: Aurora Fernandes/TV Anhanguera

Corpos de pai e filho foram carbonizados em quarto — Foto: Aurora Fernandes/TV Anhanguera

A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação latrocínio e homicídio. A suspeita é que as três pessoas da mesma família tenham sido mortas na madrugada do último sábado (22). Vizinhos disseram que viram fumaça saindo da chácara entre 4 e 5h da madrugada. Mas os corpos da família só foram encontrados horas depois, quando parentes localizaram o carro das vítimas queimado às margens da TO-447, na estrada que liga Paraíso do Tocantins e Chapada de Areia.

O delegado Hismael Tranqueira informou que o crime pode ter sido premeditado. “A brutalidade realmente é uma forma atípica dos crimes cometidos na região de Paraíso. Então, a forma, o modus operandi dos executores, nos levam a crer que o crime foi premeditado e, assim, tudo indica que as pessoas sabiam da rotina das pessoas no imóvel”.

Ivani Ribeiro e Acácio Gonçalves foram encontrados mortos em propriedade de Paraíso do Tocantins — Foto: Arquivo Pessoal

Ivani Ribeiro e Acácio Gonçalves foram encontrados mortos em propriedade de Paraíso do Tocantins — Foto: Arquivo Pessoal

Um dos filhos de Ivani e Acácio, Marcos Aurélio, disse que a família ficou em choque ao saber do crime. Ele comentou ainda que os pais não tinham inimigos e viviam tranquilos na chácara.

“Eles eram aposentados. Tiravam leite para beber, criavam galinhas e produziam coisas para a subsistência. Isso aí não é coisa que se faz com um ser humano. Acho que nem com um animal você deve fazer uma coisa dessas”, lamentou Marcos.

Na noite de sexta-feira (21), Marcos e uma irmã ligaram para os pais e não perceberam nada de errado. “Estavam todos bem, só minha mãe reclamou que estava um pouco tonta porque ela sofria de epilepsia e tomava remédios controlados”.

A família procura explicações. “Pelo menos saber o porquê. Porque uma coisa que eu te digo a verdade, eu não esperava isso”, lamentou Marcos.

Na manhã deste domingo (23), mais de 15 policiais civis saíram às ruas de Paraíso do Tocantins e cidades vizinhas para investigar o assassinato. Quatro pessoas já foram ouvidas. Os três moravam juntos na propriedade e eram produtores rurais.

G1 Tocantins.

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