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Homem é preso após chamar testemunha de processo de ‘neguinho folgado’ em frente a promotor

Representante do MP deu voz de prisão e ele foi conduzido até a delegacia, onde foi autuado por injúria racial, pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. Suspeito já tinha passagens na polícia.

Um homem de 48 anos foi preso suspeito de praticar injúria racial contra a testemunha de um processo, dentro do Fórum de Pires do Rio, na região sul de Goiás. De acordo com o promotor de Justiça Tommaso Leonardi, que presenciou o fato e deu a voz de prisão, Celson Alves da Silva chamou de “neguinho folgado” um policial militar que seria ouvido em uma audiência.

“A injúria ocorreu antes de uma audiência de um caso de roubo em que o policial seria uma das testemunhas de acusação. O autor da ofensa estava na recepção do Fórum, quando o PM passou e ele proferiu as palavras “neguinho folgado” a ele, sendo escutado por um vigilante. Depois, ele voltou a dizer as mesmas palavras para a testemunha, e todos foram encaminhados para a delegacia”, contou o delegado.

O G1 não conseguiu localizar a defesa de Celson. Segundo a Polícia Civil, após ser autuado, ele pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado.

O caso ocorreu na terça-feira, no Fórum de Pires do Rio, que fica no Bairro Oswaldo Gonçalves. Celson acompanhava uma das testemunhas de defesa do homem acusado de roubo. O promotor iria acompanhar a audiência quando presenciou o fato e, após dar voz de prisão ao suspeito, orientou a vítima a registrar o caso na polícia.

Segundo o delegado Igor Carvalho Carneiro, responsável pelo flagrante, todos os envolvidos foram encaminhados para a delegacia, e a versão do fato foi confirmada por todas as partes.

“Nós procedemos com o flagrante dele e, depois de todos serem ouvidos, foi arbitrada a fiança que foi paga pelo suspeito. Agora iremos, nos próximos dias, concluir este caso e encaminhar o caso para a Justiça”.

“Muitas pessoas acham banal, mas trata-se de algo grave, uma falta de respeito. Além de cometer o crime, fez isso dentro de um órgão da Justiça, na presença de autoridades”, disse o delegado.

Conforme o investigador, Celson vai responder pelo crime de injúria racial. Se condenado pode pegar de 1 a 3 anos de prisão. Ele afirmou que o suspeito já tinha passagens pelos crimes de ameaça e lesão corporal, ocorridos em 2015, e receptação, registrado em 2016.

G1 Tocantins.

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