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Família de menor suspeito de elo com terrorismo está ‘surpresa’, diz tio

Homem afirma que sobrinho ficava ‘escondido’ e ‘não se relacionava’
Adolescente foi apreendido durante Operação Hashtag, em Morrinhos, GO

O tio do adolescente de 17 anos apreendido suspeito de ter ligação com o terrorismo, afirmou neste sábado (30) que o sobrinho vivia “escondido” e “não se relacionava com as pessoas”. O homem, que não quis ser identificado, disse que o menino morou nos Estados Unidos e, desde que voltou, no ano passado, apresentava um comportamento estranho. Segundo ele, a família ficou surpresa depois que soube da apreensão do menor.

“Na verdade ele ficava bem escondido. Ele não tinha comunicação, não se relacionava com as pessoas, talvez falava só mesmo com o pai e a mãe ou talvez com a avó e ninguém mais. A gente não tinha como avaliar o que estava acontecendo. Para nós é uma surpresa, nós não tínhamos nenhuma informação sobre isso, e eu verdadeiramente não sabia que ele tinha ou tem ligação com esse pessoal”, afirmou.

O menor foi apreendido na tarde de sexta-feira (29), em Morrinhos, sul de Goiás, durante investigação da Operação Hashtag, que apura a ligação de brasileiros com o terrorismo. Segundo a Polícia Federal, a ação foi realizada em conjunto com a Polícia Civil em cumprimento a um mandado de internação.

Ainda conforme a PF, foi verificado que o adolescente participava do grupo investigado na operação. O caso foi notificado às autoridades de Goiás, que realizaram a apreensão.

O mandado de internação foi expedido pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiás, que determinou que o suspeito fosse levado para um centro de internação, cujo nome não foi revelado.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Operação Hashtag
Em dia 21 de julho, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Hashtag”, que prendeu 12 pessoas suspeitas de terrorismo em 8 estados.

No primeiro dia da operação foram cumpridos 10 mandados de prisão em 7 estados. As demais prisões ocorreram em Mato Grosso: no dia 22, o penúltimo foragido se entregou à PF na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade; no dia 24, o último suspeito foi localizado pela Polícia Militar de MT em Comodoro.

Na ocasição, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse em entrevista coletiva que os investigados na operação não tiveram contato com membros do Estado Islâmico e que se trata de uma “célula absolutamente amadora”, porque não tinha “nenhum preparo”.

“Mas obviamente que não podemos – nenhuma força de segurança – ignorar isso. […] Só o fato de começarem atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver, e o melhor era decretar a prisão deles”, afirmou o ministro.

Moraes disse que o grupo mencionava a intenção de comprar um fuzil AK-47 em uma loja clandestina no Paraguai.

Segundo Moraes, os investigados na operação nunca tinham se encontrado pessoalmente e eram monitorados há meses pela polícia. Eles costumavam se comunicar pela internet, por meio dos aplicativos de mensagem instantânea WhatsApp e Telegram.

Os suspeitos presos vinham sendo monitorados pela PF há alguns meses e foram presos porque passaram dos comentários em redes sociais e mensagens de texto para “atos preparatórios” de atentados terroristas.

“Várias mensagens mostram a degradação dessas pessoas, comemorando o atentado em Orlando e em Nice, comentando o atentado anterior que ocorreu na França, postando e circulando entre eles as execuções que foram relizadas pelo Estado Islâmico”, acrescentou Moraes.

“A partir do momento em que saíram daquilo que é quase uma apologia ao terrorismo para atos preparatórios, foi feita prontamente a ação do governo federal”, disse o ministro na ocasião.(fonte:g1/to)

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