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Explicações não foram suficientes, dizem embaixadores da China e União Europeia; suspensão de importação não é descartada

Embaixador da União Europeia afirmou que dados precisos são essenciais para que o bloco possa tomar qualquer decisão. Já, chinês deixou claro também que o país espera “mais explicações”.

As medidas anunciadas pelo governo brasileiro nesse domingo, 19, para acalmar os principais mercados da carne do país após as descobertas da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, não surtiram, de imediato, o efeito desejado.

Ao Estadão, os embaixadores da União Europeia, João Gomes Cravinho, e da China, Li Jinzhang, deixaram claro ao sair da reunião que as explicações não foram suficientes. Ambos disseram que ainda aguardam uma “explicação técnica” oficial “detalhada” do governo. Cravinho não descartou a possibilidade da suspensão da compra de carne. 

O embaixador da União Europeia afirmou que dados precisos são essenciais para que o bloco possa tomar qualquer decisão. “Ainda não temos informações técnicas que nos permitam avaliar se os problemas foram pontuais (como diz o Brasil), já que não se sabe exatamente que unidades sofreram alterações indevidas e para que países esses produtos foram exportados.”

Outros embaixadores ouvidos pelo Estadão, ao término da reunião, adotaram o mesmo tom. O embaixador chinês, deixou claro também que as informações passadas ontem não bastaram e que o país espera “mais explicações”. “A segurança dos alimentos é muito importante para a segurança e a vida do povo.” 

Em seu pronunciamento a uma plateia formada por quase 40 embaixadores e representantes de países compradores, o presidente Michel Temer procurou passar a mensagem de que as irregularidades são casos isolados. O presidente argumentou que, das 4.837 unidades sujeitas à inspeção federal, apenas 21 estão supostamente envolvidas em irregularidades. “E dessas 21, 6 exportaram nos últimos 60 dias”, disse o presidente. De acordo com Temer, o Ministério da Agricultura deverá tornar pública qual a empresa exportadora do produto sob suspeita, o lote e o comprador. Temer afirmou ainda que a auditoria para investigar as denúncias deverá ser iniciada nesta segunda-feira.Fonte:Norte Agropecuário.

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