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Ex-governador do Rio de Janeiro diz que só estará satisfeito quando Cunha “estiver preso”

Anthony Garotinho afirma a EXPRESSO que era insuntentável mantê-lo como presidente da Câmara

Em entrevista a EXPRESSO o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho disse estar insatisfeito com a decisão do Supremo de suspender o mandato do deputado federal Eduardo Cunha, seu ex-assessor e, hoje, desafeto político. “Só vou ficar feliz quando ele (Cunha) estiver preso”. Para Garotinho, as revelações de negócios de Cunha com o doleiro Lúcio Funaro vão piorar a situação do presidente afastado da Câmara. Garotinho também disse ter estado com o vice-presidente Michel Temer recentemente. “Falei para ele sobre a necessidade de novas eleições gerais. Mas ele não me levou a sério”. A seguir, os principais trechos da conversa:

EXPRESSO – Como o senhor recebeu a decisão do STF de suspender o mandato de Eduardo Cunha?
Talvez ninguém o tenha enfrentado tanto quanto eu enquanto estive na Câmara dos Deputados. Eu acho que a decisão é, embora tardia, necessária. Era insustentável ter um cidadão com todas aquelas denúncias comandando a principal Casa Legislativa do país.

EXPRESSO – O senhor conhece bem Eduardo Cunha…
Eu demiti o Eduardo Cunha da Cehab (Companhia Estadual de Habitação) no meu governo (Eduardo Cunha sempre negou ter sido demitido ou ter pedido demissão na ocasião). O que se descobriu de Eduardo Cunha até agora é só um pedaço da fortuna que ele amealhou em todos esses anos. Se investigar, vão encontrar muito mais. Eu sempre disse que se quisessem pegar o Eduardo tinha de investigar (Lúcio) o Funaro, que é o doleiro dele. Agora pegaram o Cunha num envolvimento com o Funaro. Repito: o grosso (do dinheiro) dele quem manipula é o Funaro.

EXPRESSO – O senhor está satisfeito? É isso?
Ainda não. Só estarei satisfeito quando Eduardo Cunha estiver preso.

EXPRESSO – O senhor esteve recentemente com Michel Temer. O que disse a ele?
Eu perguntei a ele.

EXPRESSO – Perguntou o quê?
Prefiro não revelar (risos).

EXPRESSO – Por quê?
Deixa para lá.

EXPRESSO – O senhor está participando das conversas para a composição do provável governo Temer? O que está achando?
Eu acho que o PR não deveria participar (do governo Temer). Eu sempre defendi novas eleições gerais. O que eu não consigo entender é como um partido (PMDB) que tem sete ministérios, que tem suas principais lideranças investigadas, pode querer apontar a corrupção apenas dos outros. Eu vou dizer a exata frase que eu disse ao Michel Temer: primeiro é ela (Dilma Rousseff), o segundo será o Eduardo e depois será você (Temer).

EXPRESSO – E o que Temer respondeu?
Ele riu. Não levou a sério. Está aí a decisão do STF…(fonte:época)

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