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Em trotes ao Samu, pessoas inventam acidentes e fingem choro; áudios

Até julho desse ano, já foram identificadas 1,4 mil chamadas com falsos pedidos de socorro. Lei sancionada pelo governador vai multar em até dois salários mínimos quem passar trote.

Até o mês de julho desse ano, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu mais de 1,4 mil trotes. Áudios divulgados pelo Samu mostram que a brincadeira de mau gosto prejudica o trabalho dos profissionais. Algumas pessoas inventam acidentes, fingem choro e falam que são do Rio de Janeiro.Uma lei sancionada pelo governador Mauro Carlesse vai multar quem fizer trote.

Em um dos telefonemas gravados, uma pessoa relata um acidente.

“Aqui está precisando de uma ambulância, na casa da Maria Oliveira de Sousa. Teve um grave acidente vem agora, vem logo. É em Centenário.”

A pessoa finge que está chorando. Ao fundo, é possível escutar voz de menores. A atendente percebe que é um trote e desliga.

Em outro áudio, mais uma chamada falsa. A pessoa diz que está no Rio de Janeiro.

“Boa noite, é porque aconteceu um grave acidente. Meu nome é Natasha. É do Rio de Janeiro. [Tenho] 28 anos. Ligeiro rapaz, estou apressada.”

A atendente percebe que é trote e fica em silêncio, por fim a pessoa critica por não ser ouvida.

“Deus me livre, esse povo não atende ninguém, credo.”

A brincadeira agora vai sair cara. O Estado vai multar em até dois salários mínimos quem fazer trote para o Samu, Bombeiros e Polícia Militar. A lei entra em vigor num prazo de 90 dias e se aplica aos assinantes ou responsáveis pela linha telefônica que acionar os serviços de emergência de forma indevida, com má-fé, que não tenha como objetivo o atendimento solicitado ou a situação real do que for informado.

Segundo estabelece a lei, quando o proprietário da linha telefônica ou o responsável pela ligação for identificado, será enviado relatório ao órgão estadual competente, que fará o auto de infração e encaminhará a multa ao endereço da pessoa.

O responsável terá um prazo de 30 dias para apresentar defesa por escrito ao órgão competente, que poderá cancelar a multa a depender da situação.

“A partir do momento em que a gente percebe a ligação, aquele número fica gravado, vai para um banco de dados e a partir dali a gente pode extratificar”, explica o diretor técnico do Samu, Luciano Lopes.

Os Bombeiros dizem que muitas das ligações são feitas por crianças. Portanto, os pais vão pecisar redobrar os cuidados.

G1 Tocantins.

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