Últimas Notícias

Eike Batista leva o ex-minsitro Guido Mantega ao centro da Lava-Jato

Em depoimento, o empresário relata atuação do ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma para cobrar repasses para saldar dívidas de campanhas petistas. Dinheiro foi transferido para conta ligada a marqueteiros do PT

A Polícia Federal deflagrou, nas primeiras horas da manhã de ontem, nova fase da Lava-Jato e trouxe à baila a participação do empresário Eike Batista e da Mendes Júnior no financiamento do PT e do PMDB, e ainda levou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para a cadeia por pelo menos cinco horas. Por conta do estado de saúde da mulher dele, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, decidiu revogar a ordem dele mesmo, mandando soltar o petista. O juiz determinou o confisco de até R$ 10 milhões em contas do ex-ministro e dos outros sete alvos de mandados de prisão temporária, por cinco dias.

A 34ª etapa do caso recebeu o apelido de Arquivo X, em referência à letra usada na maioria dos negócios de Eike, o homem que já foi o brasileiro mais rico do país e hoje enfrenta processos de recuperação judicial de seus empreendimentos. Segundo os investigadores, a apuração é embasada no pagamento de propinas a partir de um negócio bilionário da Petrobras com o estaleiro OSX Construção Naval S/A, de Eike, e Mendes Jr. Trading. Os beneficiários foram o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; o ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR); o PT e diretores e funcionários da estatal ligados ao PMDB. Eike disse que, após Mantega lhe pedir R$ 5 milhões, doou US$ 2,35 milhões ao partido por meio de conta no exterior dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Todos os que se manifestaram negaram irregularidades.

A partir de licitação em 2011, em julho do ano seguinte, a Petrobras contratou o consórcio formado pela OSX e pela Mendes Júnior, o Integra Offshore. Foram acertados US$ 922 milhões (R$ 2,97 bilhões) para serem construídas as plataformas P-67 e P-70, para exploração de petróleo na camada pré-sal.

De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a contratação gerou “três vertentes de corrupção”. Na primeira, verificam-se pagamentos de R$ 7,39 milhões para o operador do PMDB João Augusto Rezende Henriques, preso e condenado na Operação Lava-Jato. O repasse, denunciado pelo delator Eduardo Musa, que atuou na OSX e na Petrobras, foi confirmado: a Mendes Júnior entregou os valores em 2013 para a Trend, a firma do lobista. “Há indicativos de que esse operador trabalhava para interesses do PMDB”, explicou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em entrevista na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Fonte:correio braziliense

Últimas Notícias

Não deixe de ler

RECEBA NOSSAS NEWSLETTERS

Quer ficar informado em primeira mão? Se cadastre na nossa Newsletter e receba o Mapa da Notícia no seu e-mail.