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Ecstasy, armas e munição: prisões na Saneago surpreendem MP

Embora ainda sem divulgar os nomes dos envolvidos, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) detalhou como agiam os grupos suspeitos de fraudar licitações da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) e que foram desarticulados em ação realizada pelo órgão. Houve três flagrantes, um com uma arma, outro com munição, e um terceiro com ecstasy ao cumprir os 16 mandados judiciais da operação Gota D’Água. 

Segundo as investigações, as empresas eram formadas por familiares que simulavam concorrência entre si para vencerem os processos. A estimativa é que eles tiveram um lucro de R$ 2,2 milhões com as operações ilegais.

A operação Gota D’Água foi deflagrada na manhã de 7 de fevereiro e contou com o apoio das polícias Civil e Militar. O promotor de Justiça Walter Otsuka, um dos 12 que atuaram na ação, explicou como ocorria o esquema. “A gente vislumbrou a seguinte situação: empresários que tinham empresas funcionando em um único local dando lances para as licitações de um único local no pregão eletrônico. O lance não é verbal, mas sim feito à distância. Tudo combinado”, disse em entrevista coletiva.

Ao todo, foram cumpridos 16 mandados judiciais, sendo 11 de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva. Destes, três suspeitos foram detidos em flagrante por fatos não relacionados à ação: um com uma arma, outro com munição, e um terceiro com ecstasy. O MP não informou para qual delegacia eles foram levados e se seguem presos após os depoimentos. O MP também não informa o nome de nenhum dos envolvidos.

Grupos familiares
Os conduzidos pertencem dois grupos familiares distintos que agiam de forma igualmente irregular. O primeiro delas é construído por pai e filha. Eles tinham duas empresas que atuam na área de equipamentos hidráulicos.

Já o segundo tinha em sua composição mãe e dois filhos. Eles respondiam por quatro empresas ligadas às áreas de serralheria e ferragens

“Foram constatadas fraudes em cinco licitações, onde eles maquiavam o caráter competitivo. Acreditamos que essa situação ocorra desde 2010”, destacou Otzuka.

A investigação começou a ser realizada em 2015, após uma denúncia anônima. Nas casas e empresas dos envolvidos foram apreendidos documentos, computadores celulares e agendas com detalhes das licitações.

O promotor de Justiça diz que, a priori, não há o envolvimento de servidores da Saneago no esquema, mas diz que apura a situação. “As investigações seguem em sigilo e nenhuma linha está descartada”, pontua.

Em nota, a assessoria de imprensa da Saneago disse que “apoia integralmente” a operação e que repudia “quaisquer outras que busquem macular a legitimidade das licitações e contratações realizadas pela Saneago”.(fonte:goiás real)

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