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Donos de caminhões-pipa que abastecem cidades no período da seca cobram dívida do governo

Para protestar e cobrar pagamento, eles estacionaram os veículos em frente a Agência Tocantinense de Saneamento, em Palmas,. Dívida ultrapassa os R$ 4,5 milhões.

Donos de caminhões-pipa, que abastecem municípios do interior do estado no período da seca, estão parados em frente a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) para cobrar uma dívida do governo estadual. Como forma de protesto, eles estacionaram os veículos na praça dos Girassóis, em Palmas, e alegam que o valor devido chega a R$ 4,5 milhões.

Segundo os trabalhadores, cerca de 60 caminhões levam água para cidades que são afetadas no período de estiagem. Mas no ano passado, os veículos só foram enviados aos municípios no fim de setembro, faltando pouco mais de um mês para a volta do período chuvoso. Na época, a ATS admitiu que faltou planejamento para que o serviço chegasse mais cedo aos locais mais afetados.

Matheus Sousa trabalha junto com o pai na prestação do serviço e conta que o governo deve parte do pagamento referente a 2017 e o total de 2018.

“O governo prometeu que no ano de 2018 não haveria falta de pagamento para não haver a interrupção do serviços, isso fez com que todos os pipeiros trabalhassem, crendo que iriam receber. Eles nos enganaram. Muitos estão com dívidas em banco, com caminhões penhorados em posto de combustíveis no interior do estado, porque não tem condições. Os donos de postos estão segurando os caminhões porque eles não pagaram o combustível para rodarem. Muitos não têm dinheiro para continuar o serviço”.

Segundo ele, a categoria decidiu que se o pagamento não for realizado, os pipeiros não vão realizar o serviço esse ano. “O pessoal investiu, prestou serviço certinho para o governo e governo fazendo pouco caso de todos os pipeiros e com a população. O ápice da seca está chegando, agora em setembro, já era para os caminhões estarem rodando e não estão. Quem sofre é todo mundo”.

A seca principalmente na região sudeste do estado é crônica e em todos os anos há decretos de calamidade por conta da estiagem. Uma das cidades afetadas é Paranã, onde plantas e animais morrem por falta de água.

G1 Tocantins.

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