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Dono de clínica é preso suspeito de tortura e cárcere privado, em Goiás

Segundo delegado, homem alegou que fazia ‘resgate’ de pacientes.
Local foi interditado pela Vigilância Sanitária Estadual, em Três Ranchos.

O dono de uma clínica para reabilitação de dependentes químicos foi preso suspeito de torturar pacientes e mantê-los em cárcere privado, em Três Ranchos, região sudeste de Goiás. De acordo com a polícia, Leonardo Ciriaco Cirino, de 31 anos de idade, negou as agressões.  O delegado Vitor Magalhães afirmou que 12 pessoas foram internadas de forma involuntária no local, que está interditado.

“Eles vinham sofrendo tortura, agressões físicas e psicológicas. Apesar de não admitir que mantivesse os internos internados de forma involuntária, admitiu a figura do resgate, que para nós é uma questão absurda, porque não há determinação legal para tanto. Admitiu também, pasmem, que um menor de idade estava internado no local há cerca de quatro meses sem a devida comunicação ao poder judiciário ou ao Ministério Público”, disse.

A Clínica de Recuperação Libertar foi interditada por tempo indeterminado na quarta-feira (24) pela Vigilância Sanitária Estadual. A fiscalização foi feita a pedido do Ministério Público de Catalão, também na região sudeste do estado.

O local, que funcionava em uma chácara no meio da cidade. Ficou aberto por cerca de um ano e meio com média de 60 pacientes.

De acordo com o delegado, uma determinação do MP-GO proíbe que pacientes sejam internados de forma compulsória na região.

“Há uma determinação do Ministério Público, da Segunda Promotoria aqui da cidade de Catalão, que desde meados deste ano nenhuma clínica pode admitir ou manter em seu interior pessoas de forma involuntária. Todas as clínicas, todos os proprietários têm ciência disto, assinaram um documento e, a partir de então, não se permite em Catalão e região esta internação dita involuntária”, afirmou o delegado.

Os doze pacientes que estavam na clínica contra a vontade, incluindo um adolescente, foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e foram encaminhados para a Secretaria de Ação Social do município, que fez contatos para devolvê-los às respectivas famílias.

No entanto, outros 48 internos ficaram na clínica mesmo após a interdição do estabelecimento. Eles alegam que não tinham condições de irem embora sozinhos e têm até 15 dias para desocupar o local.

O dono da clínica prestou depoimento, acabou sendo preso em flagrante por cárcere privado e foi encaminhado ao presídio de Catalão.

Internos eram mantidos de forma involuntária, em Três Ranchos, em Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Internos eram mantidos de forma involuntária, em Três Ranchos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Fonte:g1/go

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