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Dez vereadores suspeitos de cobrar propina para aprovar projetos são indiciados pela Polícia Civil

Parlamentares da cidade de Augustinópolis foram indiciados por concussão e corrupção passiva. Durante operação da Polícia Civil em janeiro, 10 dos 11 vereadores foram presos.

A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira (7), 10 dos 11 vereadores de Augustinópolis, norte do Tocantins. Eles foram presos durante a operação Perfídia no dia 29 de janeiro, suspeitos de integrarem uma organização criminosa. Segundo as investigações, eles teriam cobrado propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura da cidade. Na época, apenas o presidente da Câmara de Vereadores não teve a prisão decretada.
Os parlamentares foram indiciados por corrupção passiva, quando alguém solicita ou recebe para si ou outra pessoa, vantagem indevida. A pena prevista no Código Penal é de dois a 12 anos de prisão e multa. Também foram indiciados por concussão, que prevê pena de dois a oito anos de prisão para quem exigir, para si ou outro, vantagem indevida.

Veja os nomes dos vereadores indiciados:

Maria Luisa de Jesus do Nascimento (PP)
Antônio Silva Feitosa (PTB)
Antônio José Queiroz dos Santos (PSB)
Antônio Barbosa Sousa (SD)
Edvan Neves Conceição (MDB)
Ozeas Gomes Teixeira (PR)
Francinildo Lopes Soares (PSDB)
Angela Maria Silva Araújo de Oliveira (PSDB)
Marcos Pereira de Alencar (PRB)
Wagner Mariano Uchôa Lima (MDB)

No documento que determinou o indiciamento, o delegado Jacson Wutke argumentou que os investigados valeram-se dos cargos que constitucionalmente exerciam para instituir na Câmara de Vereadores de Augustinópolis “verdadeira organização criminosa, com fito de alcançar vantagens indevidas em razão dos seus cargos”.
Disse também que eles exigiam do prefeito da cidade, Julio da Silva Oliveira, o pagamento de vantagem indevida para aprovação dos projetos de lei referentes ao orçamento do Município de Augustinópolis (TO) para o exercício de 2019.
Mencionou também o nome do vereador Edvan Neves. Segundo o delegado, ele teria usado da força política que exerce na comunidade e também do cargo de servidor vinculado à Polícia Civil do Tocantins, para adotar postura de comando em relação às discussões e acordos realizados entre os membros da Câmara de Vereadores investigados e a Prefeitura Municipal.

O delegado citou ainda o nome do vereador Antônio Silva Feitosa. Para os investigadores, ele seria o responsável pela retirada do dinheiro junto aos representantes da prefeitura, para que os valores fossem repassados aos demais parlamentares.
O documento aponta que os outros vereadores integravam a organização criminosa, seguindo ordens para aprovação dos projetos e omissão dos fatos à população e aos órgãos de controle. O prefeito da cidade Júlio da Silva e outros dois servidores municipais citados no documento não foram denunciados. A Polícia concluiu que eles não praticaram corrupção ativa.

G1 Tocantins.

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