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Defesa pede que suspeito de matar filha de 2 anos com golpe de foice em Minaçú seja submetido a avaliação médica

Crime aconteceu no dia 29 de maio, em Minaçu. Avó e tio paternos buscaram criança na casa da mãe para ‘animar’ lavrador, que estaria em quadro depressivo.

O esponsável pela defesa do lavrador preso suspeito de matar a filha de 2 anos com um golpe de foice em Minaçu, na região norte do estado, o advogado Elisandrio Ramalho disse que pediu à junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás que Fabiano de Souza Medeiros seja submetido a exame psicológico e internado.

O crime foi na última terça-feira (29). A avó e um tio paternos teriam buscado Ana Julya na casa da mãe com intuito de “animar” o lavrador, que havia dias estava em suposto quadro depressivo.

“Já solicitamos que seja acompanhado por equipe de profissionais que possa aferir com precisão o que aconteceu com dele. A família nos contou que de quatro a cinco dias antes do fato ele já estava sem conversar. Inclusive, a mãe dele procurou atendimento no Caps [Centro de Atenção Psicossocial] antes do crime”, disse o defensor.

O delegado responsável pelo caso, André Luís Barbosa Campos Medeiros, informou que o suspeito ficou em silêncio durante o depoimento. A intenção da Polícia Civil é tentar, mais uma vez, que ele conte o que aconteceu. Depoimentos da mãe do suspeito e de um dos irmãos devem ser colhidos nos próximos dias.

O lavrador Fabiano de Souza Medeiros, preso suspeito de matar a filha de 3 anos com golpe de foice, em Minaçu (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O advogado se disse “preocupado” com a saúde do cliente. “Ele não conversa, não está se alimentado. Desde antes do fato ele vem apresentando anormalidades. Ele não fala com ninguém, perguntam, e ele não responde. Acredito que ele deu um surto de saúde, mas apenas a junta médica que pode aferir e fazer o devido diagnóstico.”

“A defesa pede que ele seja submetido a tratamento, a família está muito preocupada, só depois vamos ver o que fazer em relação à defesa dele. Nesse momento, a nossa preocupação é resolver o problema de saúde”, continuou Ramalho.

“Ele apresenta um quadro de enfraquecimento, de tristeza, uma pessoa abatida. As duas famílias estão abaladas, perderam alguém de valor, os irmãos, a mãe, não está sendo fácil para eles”, completou.

Thaynara Gonçalves e Ana Julya, em Minaçu, Goiás (Foto: Thaynara Gonçalves/Arquivo Pessoal)

Indignação

A dona de casa Thaynara Gonçalves, de 21 anos, diz que o ex-marido sempre foi violento durante o casamento, mas não imaginava que ele pudesse fazer qualquer coisa contra a filha. “Ele é um monstro, não é um homem”, disse.

Thaynara e Fabiano foram casados por um ano. A jovem conta que durante o relacionamento, sofria agressões por parte do rapaz. “Ele me batia, fugi várias vezes. Uma vez quase me matou quando estava grávida ainda. Foi por isso que separei”, contou.

Apesar disso, ela não esperava que ele pudesse fazer qualquer coisa contra a filha. “Ele era violento comigo, não com ela. Tanto que a Ana Julya sempre ia para a casa dele, voltava, não acontecia nada. Então isso causa uma revolta”, contou.

Mesmo depois de separada, ela conta que sofria ameaças do ex-marido. “Ele estava sempre bêbado, ou tinha fumado maconha, então não chegava a denunciar porque achava que isso era porque ele tinha bebido”, completou.

O crime

Segundo a Polícia Civil, o homem contou que estava deprimido, sentindo falta da filha e pediu para vê-la. A ex-sogra de Thaynara, então, buscou a menina na casa da mãe e levou até a residência de Fabiano.

No local, segundo a corporação, ele golpeou a menina com uma foice na cabeça. A mãe da vítima diz que não tem suspeita do que levou o ex a cometer o crime.

A família de Thaynara, no entanto, acredita que o crime foi causado por ciúmes. “A Thaynara já tinha casado novamente, teve um filho há sete dias, já está com um novo relacionamento há um ano e ele não aceitava”, contou a irmã de Thaynara, Rosania dos Santos Rosa.

O corpo de Ana Julya foi velado na casa dela, em Minaçu. O enterro aconteceu no dia 31, no cemitério municipal.

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