A grave crise no sistema penitenciário nacional também encontra ressonância em Goiás. Na manhã desta segunda-feira, 9, cerca de 2 mil agentes penitenciários temporários, 80% do total, decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado. As paralisações atingem o interior do Estado, incluindo o Entorno do Distrito Federal, e o complexo penitenciário em Aparecida de Goiânia.
Os vigilantes penitenciários reivindicam melhores salários (equiparação com os efetivos), retorno do auxílio por risco de vida, retirado recentemente pelo pacote de maldades imposto pelo governador Marconi Perillo (PSDB), retorno do contrato de três anos, que foi reduzido para apenas um ano, além de melhores condições de armamento e serviço. Os agentes ainda cobram a convocação dos aprovados no último concurso realizado em 2014.
Representante da Comissão Metropolitana dos Vigilantes Penitenciários, Liliane da Silva informa que a paralisação prejudica as visitas assistidas e normais, a entrada de advogados, escolta para o fórum e alimentação dos presos. “Não tememos uma rebelião, conversamos com os presos. Eles sabem que a nossa briga é com o governo, e não com eles”, ressaltou Liliane ao Popular, questionada sobre a possibilidade de uma rebelião em Goiás.