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Com otimismo e atividades físicas, advogada com câncer inspira na web: ‘fiquei mais apaixonada pela vida’

Tanara Zanina, de 42 anos, descobriu um tumor no intestino em maio do ano passado. Ela diz que um dos caminhos para ajudar a vencer a doença é bloquear pensamentos negativos e visualizar a cura.

Acorda cedo, vai para academia, deixa o almoço pronto, trabalha e à noite encontra tempo para dançar e celebrar a vida. Entre uma atividade e outra, Tanara Zanina, de 42 anos, também faz quimioterapia e toma medicações. Ela luta contra um câncer no intestino, descoberto em 2018. Apesar da doença, ela decidiu não se abater. Pelo contrário, com muita fé, diz que todas as dificuldades fizeram com que ela se apaixonasse ainda mais pela vida. O jeito com que encara os desafios virou fonte de inspiração nas redes sociais, onde a advogada compartilha parte da rotina.

Apesar do tratamento contra o câncer, o cabelo de Tanara não caiu. Aos 42 anos, aparenta ser uma mulher bem mais jovem. A alegria e o sorriso impressionam as pessoas que convivem com ela.

Em maio do ano passado, quando a advogada se preparava para fazer uma cirurgia por causa de uma fratura na perna, teve uma surpresa. Estava com tumor. Ela conta que ficou em choque. Desde os 9 anos, Tanara convive com a doença e sofreu quando as duas avós morreram por causa de um câncer. A mãe dela também teve tumor por duas vezes.

“No início, as pessoas bombardeiam a gente com uma série de informações: ‘você não pode comer carne, você não pode comer açúcar’. Você só escuta ‘não’. Eu pensei: ‘Como vou conseguir reagir’? Me falaram que iria acabar a libido, que iria cair cabelo, que eu ficaria fraca, que eu não conseguiria fazer atividades físicas, eu quase surtei. Eu chorei muito. Nesse dia, fui para a missa e pedi a Deus que me fortalecesse. Voltei para casa leve e tomei a decisão de viver o hoje e não dar ouvido as coisas ruins que as pessoas me falam”.

Casada há 21 anos e mãe de dois adolescentes, Tanara diz que toma a medicação da quimioterapia todos os dias e abençoa os comprimidos. “Eu falo: ‘aqui está o remédio que vai me curar não vai fazer nenhum mal”.
Desde que começou o tratamento, pouca coisa mudou na vida da advogada. Ela segue fazendo academia e cuidando da saúde, como sempre fez. Claro, agora com algumas restrições.

“Nos primeiros quatro dias [após a quimioterapia] eu diminuo a carga da musculação e não pedalo para evitar tonturas e deixar meu organismo se recuperar. A partir do 5° dia tudo volta ao normal. Já começo pedalando em média 50 km. Como consigo? Nem eu sei. Só sei que saio entregando para Deus e digo o quanto isso é importante para mim. No pico das serras agradeço por chegar pedalando. Descobri que o melhor remédio para tratar a quimioterapia é a atividade física. Ela elimina meus efeitos nocivos do tratamento”, argumenta.

Tanara diz que os desafios a ajudaram a ver a vida de outra forma. Além disso, o momento de luta mostrou o quanto ela é amada pelos amigos e familiares.

“Encaro tudo como um aprendizado. E com tudo isso fiquei ainda mais apaixonada pela vida. Por apreciar tudo, por menor que seja. Uma coisa muito importante, descobri que sou mais amada do que eu sabia. Minha família é muito unida e amorosa e sou cercada de amigos e anjos, como chamo as pessoas que cuidam e se preocupam comigo”.

Diante de uma doença tão avassaladora, como manter todo esse otimismo? Tanara diz que procura bloquear pensamentos ruins e visualizar a cura, a felicidade e a superação.
“Eu sempre me achei forte e determinada, porém jamais imaginei encarar e enfrentar o maior medo. Eu mentalizo o que quero sentir, ter e viver. Sinto como uma força sobrenatural. O impossível torna-se possível. É surreal. Olho para a bolsa de quimioterapia e mentalmente falo com ela. Visualizo um soro que irá me curar e eu não sofrerei com efeitos nocivos. E isso acontece”.

G1 Tocantins.

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