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Com cemitério superlotado, moradores afirmam que não têm onde enterrar parentes em Campinorte

Local tem 70 anos e já está com o dobro da capacidade do terreno; túmulos colados uns aos outros, pedaços de caixões e restos mortais à mostra fazem parte do cenário.

Com mais do dobro da capacidade de corpos enterrados, o Cemitério Municipal de Campinorte, na região norte de Goiás, não comporta novos enterros.

Os moradores da cidade afirmam que não têm onde enterrar os parentes. Eles reclamam da falta de estrutura do local, que está com túmulos colados, restos mortais e de caixões à mostra.

O padre Jurandir Souza afirma que conhece bem a realidade do local. Segundo ele, a superlotação já existe há mais de 20 anos e, por conta disto, foram sendo criadas sepulturas por toda parte, sem deixar sequer espaço para caminhar entre os túmulos.

“Entra no portão, a pessoa tem que carregar o caixão na cabeça, e se pisar em falso cai com caixão e tudo”, disse.

O cemitério existe há 70 anos. A estimativa é que no local estejam enterrados cerca de 5 mil corpos. A Prefeitura de Campinorte diz que já comprou um novo terreno, de 22 mil metros quadrados para construir um novo cemitério. No entanto, segundo a administração, a obra vai custar mais de R$ 1 milhão e o poder público não tem este recurso.

A profissional autônima Sandra Oliveira afirma que, devido ao fato das sepulturas terem sido emendadas, não consegue mais encontrar a sepultura do pai, enterrado há quase 30 anos no local. “Eu tenho aqui o meu pai, que faleceu em 1988, e a gente não encontra mais o túmulo dele”, contou.

Sem espaço para novos enterros, a cabelereira Dayane Bailona afirma que, muitas vezes, corpos são retirados para que outros sejam enterrados no local.

“Talvez a família nem saiba do ente querido que foi retirado e enterrou outra pessoa no túmulo”, revelou.

G1/Goias

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