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Caso Moisés perde 2 investigadores, diz família; Eduardo Siqueira prefere não comentar ida de Carlesse ao DEM

A família do prefeito de Miracema, Moisés da Sercon, assassinado em agosto do ano passado, contou à coluna que dois investigadores foram retirados do caso.

Segundo os familiares, ele descobriram a transferência dos investigadores somente na semana passada. “Fomos até o gabinete do secretário [Cristiano Sampaio] para saber os motivos, mas ele disse que não sabia e que iria procurar saber e dar uma resposta para a família. Até o momento não deu a resposta”, contou Fidel Costa, irmão de Moisés, na manhã desta quinta-feira, 25.

De mãos atadas
Fidel disse que a família considerou essa transferência muito estranha, sobretudo porque a equipe que investiga o caso precisava era de mais profissionais em atuação.

“A equipe já era muito pequena e estava pedindo mais profissionais e estrutura e, de repente, saem dois?”, questionou o irmão de Moisés. Segundo Fidel, o delegado do caso, Guido Camilo Ribeiro, é uma pessoa muito séria, “mas fica de mãos atadas, sem condições de trabalho”. A coluna pediu manifestação da Secretaria de Segurança Pública, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.

Querem falar com o governador
Após três reuniões com o secretário, sem qualquer avanço no caso, a família agora quer conversar diretamente com o governador Mauro Carlesse (PHS). A audiência foi solicitada ao Palácio Araguaia e os familiares de Moisés aguardam uma resposta.
Gabinete de Sérgio Moro

Como a coluna antecipou, familiares de Moisés e políticos de Miracema foram ao gabinete do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em Brasília, nessa quarta-feira, 24, para tratar do caso. Estiveram lá (foto) o irmão do prefeito falecido, José Luís Costa, o cunhado, Marcelo Guedes, e o presidente da Câmara de Miracema, Edilson Tavares (MDB), e os vereadores Dr. Ricardo (PSD), Núbio Gomes (PSD), Maria Bala (PSL), Nasci da Ótica (PSD) e Natan Fontes (MDB).

Audiência com Moro em maio
O grupo esteve reunido com a equipe de Moro, e protocolou um documento solicitando audiência com o ministro. Os assessores Paula Lamounier, Natalya, Luma e o assessor especial do gabinete Lucas Alves de Lima Barros de Goes se sensibilizaram com o caso e prometeram marcar a conversa com Moro ainda para maio.

E-mail exclusivo
A equipe do ministro também disponibilizou um e-mail exclusivo para a família de Moisés enviar documentos. Lucas, o assessor especial de Moro, disse ao irmão do prefeito que este caso é de suma importância para fazer parte do pacote anticrime, pois “se trata de um prefeito que representava a vontade do seu povo”. “Um crime contra a democracia e de grande repercussão como este não pode ficar sem resposta”, avaliou Lucas, conforme relato dos familiares.

Nada a declarar
O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos contou que soube pela imprensa que o governador Mauro Carlesse vai se filiar ao seu partido, o Democratas. Como não recebeu nenhuma informação oficial, o parlamentar preferiu não comentar. Carlesse deve se filiar ao DEM na semana que vem. “Se foi algo da [deputada federal e presidente regional do DEM] Dorinha, meu respeito sempre a ela, que é muito competente e respeitada aqui e em Brasília; mas pode ter sido algo que partiu da nacional, então, só posso me posicionar após o ato concretizado”, afirmou.

Quem quer trabalhar na saúde?
Na audiência pública sobre Medida Provisória número 5, na Assembleia, nessa quarta, o secretário estadual de Saúde, Renato Jayme, cobrou respeito aos servidores de sua pasta. “Não aceito que desqualifiquem quem trabalha”, avisou, diante de críticas além do ponto de alguns sindicalistas. Jayme ainda desafiou qualquer um dos presentes que queira deixar suas entidades e ingressar na sua equipe para trabalhar pela saúde do Estado.

“Qualquer um de vocês que quiser assumir qualquer cargo, se quiser deixar o mandato sindical para assumir uma função dentro da saúde, o convite está aberto”, disse. Silêncio sepulcral.

Não está difícil
Na audiência, a condução dos trabalhos pelo presidente da Comissão de Defesa de Consumidor, deputado Elenil da Penha (MDB), foi bastante elogiada pelos parlamentares, sindicalistas e pelo secretário de Saúde. À coluna, Elenil disse que ficou satisfeito com as discussões e que o objetivo foi antecipar os debates para que os deputados tenham bom subsídio para definir a questão da jornada da saúde. Para o parlamentar, não há dificuldade de se chegar a um acordo. “Os sindicatos mostraram disposição por um entendimento”, avaliou.

Faltou o usuário
O deputado Amélio Cayres (SD) fez um pedido muito pertinente: que nas próximas audiências do tipo, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), o maior interessado, possa participar. Na audiência dessa quarta estavam servidores, governo e órgãos de controle, mas nenhum representante de quem sofre nos hospitais.

Cleber Toledo.

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