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Cancro nos lábios: O perigo do sol, causas e sintomas

Cancro dos lábios atinge mais pessoas de pele clara.

A principal causa de aparecimento de cancro dos lábios é a exposição aos raios solares ao longo de toda vida. Esse contacto com os raios ultravioletas do sol é acumulativo e os danos podem demorar décadas para se fazerem notar, mas quando ocorrem são mais frequentes em pessoas brancas e na parte inferior dos lábios, como explica a revista Terra.

“Pessoas de pele clara possuem menos melanina (pigmento que dá cor a pele) e é essa pigmentação que protege a pele da exposição solar. Assim, os lábios, e a pele como um todo, acabam por sofrer mais. Mas isso não quer dizer que pessoas de pele mais escura não possam desenvolver tumores nos lábios ou pele, apenas que estão mais protegidas”, diz Celso Lemos, professor associado do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), em declarações àquela publicação.

Já o motivo de praticamente 100% dos cancros ocorrerem no lábio inferior deve-se à maior exposição solar. “Eles ficam mais expostos pela posição que se encontram em relação aos superiores”, diz o especialista.

O consumo de tabaco e o álcool também podem estar na origem do desenvolvimento de cancro labial.

Antes do cancro se instalar, Celso explica que outra doença pode surgir e servindo como aviso prévio. “Trata-se da Queilite Actínica. Ainda não é cancro, mas é uma doença que afeta o lábio devido ao sofrimento crónico de toda uma vida exposta ao sol”, diz o professor.

Em geral, essa doença começa com uma pequena descamação da pele do lábio que pode evoluir para feridas que não cicatrizam. Nos casos mais sérios, o lábio chega a inchar, podem aparecer manchas brancas e vermelhas, áreas rugosas, bolhas e a pessoa ainda pode sentir uma forte sensação de queimadura na região. Se a ferida não cicatrizar em alguns dias e piorar pode levar de facto ao aparecimento de cancro.

“A Queilite Actínica é bastante comum em profissionais que trabalham expostos ou pessoas que passam muito tempo fora de ambientes fechados. Ela pode permanecer por muitos anos antes de se transformar em cancro. Por isso, quando o paciente se aperceber que tem uma ferida que não cicatriza até 15 dias é melhor procurar um médico ou um dentista”, diz Celso. Ainda segundo o especialista, é muito comum as pessoas demorarem meses para procurar auxílio por acharem que essas características são normais, pois “sempre tiveram peles soltas nos lábios”.

Evitar é o melhor remédio 

“Além de não fumar e não beber em excesso devemos usar diariamente protetores labiais com fator de proteção solar de no mínimo 15 FPS”, recomenda Celso Lemos. De todos os cancros que afetam a boca, o cancro do lábio pode ser considerado o menos doloroso e com menor taxa de mortalidade.

“Quando diagnosticado nos primeiros meses do aparecimento, praticamente 100% dos casos são curados com quase nenhum dano estético. Porém, pacientes com lesões extensas (mais de quatro centímetros) além de maior risco de morte, têm mais chances de sofrerem danos estéticos resultantes do tratamento”, refere o especialista.

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