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Após gravidez, família aprisiona jovem por 16 anos em quarto escuro

Maria Lúcia de Almeida Braga, de 36 anos, foi feita refém pelos próprios familiares após engravidar. À época, a jovem tinha 20 anos.

A polícia informou nesta quarta-feira (29) que resgatou, no último dia 9, uma mulher mantida em cárcere privado por 16 anos no Ceará.

Maria Lúcia de Almeida Braga, de 36 anos, foi feita refém pelos próprios familiares após engravidar. À época, a jovem tinha 20 anos.

Segundo informações do Extra, o irmão da vítima, identificado como João de Almeida Braga, de 48 anos, foi preso por cárcere privado e maus tratos. Já os pais da vítima são idosos e com diversos problemas de saúde.

De acordo com o delegado Harley Filho, responsável pelo caso, Maria Lúcia foi presa depois de um rápido relacionamento com um rapaz.

“Ela estudava na época. Conheceu um rapaz e quando terminou, segundo os familiares, apresentou um déficit mental. Isso foi se agravando e, nesse intervalo, ela engravidou de outro homem. Por vergonha, o pai optou encarcerá-la. Ela deu à luz e o filho foi entregue para terceiros “, contou o delegado.

O irmão da vítima era quem cuidava das finanças da família e que manteve a irmã refém após os pais apresentarem problemas de saúde.

“Eles são muito idosos e debilitados. Ele hoje tem mais 70 anos, teve alguns AVCs. A mãe não ajudava, não aceitava, mas convivia com isso. Ela praticamente vive no mesmo estado de penúria da filha. Conseguimos famílias dispostas a acolhe-los e eles estão sendo cuidados”, disse o delegado.

O delegado revelou o estado de penúria em que Maria Lúcia foi descoberta, através de uma denúncia anônima.

“Era um cômodo três por três, com apenas uma rede. Estava muito fétido, úmido, com telhado próximo de cair e ela estava muito suja. Ela correu abrindo os braços para os agentes quando nos viu. Ela estava muito magra, mas já está recuperando o peso normal. Fala com dificuldade, mas está começando a escrever. Antes, fazia somente alguns desenhos sem nexo”, revela.

O filho da vítima, hoje com 15 anos, já foi identificado pela polícia, informou o delegado.

“Já o identificamos. Hoje tem 15 anos e já sabe do ocorrido. Estamos dando um tempo para que se acostume com a situação e que ela melhore. Teremos muita cautela com relação a um possível reencontro”, disse.

De acordo com o delegado, o pai de Maria Lúcia será indiciado por maus tratos e cárcere privado.

“Vamos deixar a Justiça decidir pela prisão. Neste momento, estamos cuidando da vítima e fazendo todo o amparo social a esta família”, finalizou.

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