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‘A fila sempre vai existir’, diz secretário de saúde sobre o tempo de espera por cirurgias eletivas no TO

Edgar Tolini afirmou que não existe paciente internado há mais de 90 dias no HGP. Mas a TV Anhanguera e o G1 mostraram caso de pedreiro que aguarda por cirurgia há cerca de 150 dias.

Em entrevista à TV Anhanguera na manhã desta terça-feira (12), o secretário estadual de saúde Edgar Tolini disse que a “fila [por cirurgia] sempre vai existir no Tocantins”. Quase 5 mil pessoas aguardam para fazer um procedimento eletivo, que não é de urgência, nem de emergência, nos hospitais públicos do estado.

“A fila sempre vai existir porque sempre existe um paciente que pode entrar e esperar. O que nós queremos é diminuir o prazo entre a data da entrada do paciente, com prontuário que necessita da cirurgia, até realização da mesma”, afirmou.
Do total de pacientes que esperam pelo procedimento, 1.200 precisam fazer cirurgias gerais; 1.100 procedimentos ortopédicos; 600 cirurgias ginecológicas e obstetrícias e 500 urológicas.

Tolini informou também que no Hospital Geral de Palmas não há nenhum paciente internado há mais de 90 dias aguardando por cirurgia. Mas o G1 e a TV Anhanguera mostraram nesta segunda-feira (11), a história do pedreiro Ilson Pereira que está internado há cerca de 150 dias. Ele quebrou o pé após sofrer um acidente de motocicleta.

“Ilson é um dos poucos pacientes que ainda permanecem na ala ortopédica há mais de 90 dias. Em janeiro desse ano, nós tínhamos mais de 20 pacientes com um ano de internação. Diminuímos esse tempo. Ele é um dos que necessitam dessa placa que estamos recebendo essa semana. Esperamos operar todos os outros seis. A nossa meta dentro do HGP na ortopedia é ficar com 160 leitos para cirurgias de urgência e emergência e para que possamos com os leitos vagos, dar vazão as cirurgias eletivas”, explicou o secretário.

O pedreiro está com fratura exposta e diz que precisa colocar uma placa específica durante o procedimento, mas segundo ele, o material não está disponível. “Eu fui até o diretor procurar, ele disse que fez a solicitação do material, mas nada ainda. Ele disse que não tem nem previsão de chegar essas placas”.
O secretário explicou que, em dois processos licitatórios, não houve fornecedor para o material, mas que agora uma empresa irá fornecer as placas. “Nós conseguimos o fornecedor e esperamos que dentro desse mês ainda nós poderemos receber o material”.

Secretário da saúde do Tocantins fala sobre a demora nas cirurgias eletivas no HGP
Tolini enfatizou que através do programa Opera Tocantins será possível fazer os procedimentos em hospitais do interior. A ideia é abranger os 18 hospitais da rede, para que eles se habilitem, e caso tenham condições de fazer as cirurgias, chamem pacientes da região para operarem.

“Miracema já vai fazer cerca de 50 por mês, Paraíso do Tocantins já fez mais de 70 cirurgias entre oftalmológicas e aparelhos digestivos. Estamos buscando outras unidades para que elas se incluam dentro do Opera Tocantins”, disse.

Sujeira nos hospitais

Os problemas no sistema de saúde vão além da fila de espera por cirurgia. Há pacientes que reclamam da sujeira nas unidades.

O Hospital Geral de Palmas (HGP) e o Hospital Maternidade Dona Regina têm sido alvo de denúncias por causa da falta de limpeza nas últimas semanas. Em alguns casos, os próprios parentes de pessoas internadas tiveram que limpar banheiros e quartos sujos com sangue e urina. O HGP é o maior hospital público do estado e o Dona Regina a maior maternidade pública do Tocantins.

“É um hospital de grande porte, são 40 mil metros quadrados, com 2,5 mil profissionais trabalhando, com 500 pessoas internadas, sem contar circulantes, familiares, visitas. Uma estrutura gigantesca que precisa de uma limpeza adequada. Hoje nós estamos com um número de profissionais aquém da necessidade, já solicitamos isso ao governo, já nos deu apoio, mas estamos dependo da secretaria de administração no cumprimento da responsabilidade fiscal. Outro estudo que nós estamos terminando é a contratação de uma empresa especializada em limpeza e desinfecção hospitalar”, disse o secretário.

A maternidade Dona Regina, inclusive, vem enfrentando restrição de visitas desde que três bebês prematuros foram infectados por uma superbactéria em agosto dentro da UTI. O pedido foi feito pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

“Tão logo foi identificado o foco de bactéria, toda a administração e todo o conjunto de CIH, Controle de Infecção Hospitalar, entraram em ação para que nós pudéssemos barrar e tomar conjunto decisões que pudessem afastar riscos eminentes”.

G1 Tocantins.

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